IGREJA PRESBITERIANA INDEPENDENTE DE PENDÊNCIAS


Wednesday, February 02, 2011

Os efeitos do pecado e os efeitos da Graça



  “...Tu, porém, amaste a minha alma


 e a livraste da cova da corrupção,


porque lançaste para trás de Ti


 todos os meus pecados”.


(Isaías, 38. 17b)





Os efeitos
do pecado, por maior que este seja ou aparente, não sobrepujam os efeitos
da Graça perdoadora. Isaías escreveu sobre a alegria de se sentir
perdoado. De alma leve podia então prosseguir, porque o Senhor descartou-lhe o
peso insuportável dos seus pecados... Esta alegria não foi um privilégio apenas
de Isaías; Abrão, Moisés, Jacó, Davi, Salomão, a samaritana, e Pedro - o
covarde traidor a quem incrivelmente o Senhor confiou Sua Igreja, todos pecaram
feio e tiveram motivos de sobra para desistir, mas prosseguiram.


 O fato atual

é que, quando o assunto gira entre pecado e perdão, o legalismo religioso hipócrita
de muitos passa longe do elementar conhecimento do modus operandi de
D-us quanto ao Seu perdão e à legítima oportunidade que dá ao homem para o
recomeço.


 Pecados
arrependidos, confessados e abandonados perdem o efeito espiritual da
culpabilidade, pois são literalmente apagados por D-us, esquecidos. Embora, na
maioria das vezes, o sentimento de culpa persista torturando, dificultando o
perdão pessoal. Às vezes é difícil nos perdoar os pecados perdoados! Difícil
também é a convivência com irmãos e em igrejas, onde impera, mas não se vive, a
teologia do perdão divino...


 Paradoxalmente,
o que deveria funcionar curativamente, na prática age como o pior
algoz. Inconscientemente, talvez não percebamos que essa forma
 de encarar a culpa
nos torna promotores do pecado e o seu estrago, quando deveríamos
promover a Graça e o seu efeito neutralizador sobre o estrago
que o pecado faz.


 É claro que
há conseqüências externas decorrentes das nossas falhas, e é
impossível ignorá-las. Mas estamos falando aqui na eliminação das
conseqüências internas, falando em seguir em frente, pois, isso D-us não faz
por nós. Temos que reagir! Lamentavelmente, muitos têm permitido que pecados
perdoados, espiritualmente inexistentes, os neutralizem por toda vida, vivendo
como sob tortura, uma sub-vida cristã. Isso não é vida, muito menos
cristianismo!


 Para o
verdadeiro cristianismo, o de Cristo,
não o dos fazedores de
regras e caçadores de argueiros
(Mateus 7.5), viver sob a
tortura da culpa é o mesmo que abrir mão da vida, vida cristã... Todo
cristão é filho do Renovo, tem direto a uma nova chance. Não apenas isso
,
tantas quanto forem necessárias....


 Esta palavra
é para que aqueles que aposentaram a vida cristã por não se perdoarem, pelo
peso da consciência ou por imposição institucional religiosa. Se pecaram, e se
arrependeram de verdade, sintam-se perdoados no Senhor e vivam esse perdão!
Ninguém tem autoridade para fazer cessar o frutificar da árvore da Vida em nós.
Ninguém! Somos todos galhos d´Ela, aprendemos isso com Jesus, a Videira.
Portanto, galhos não escolhem frutificar - estão ali para isso!


            O
poeta Thiago de Melo, escreveu: “
Não tenho um novo
caminho, o que tenho de novo é o jeito de caminhar
”. Não temos à frente uma encruzilhada, mas o mesmo caminho a prosseguir.
Desta vez, caminharemos com mais cuidado, e amadurecidos pelas experiências das
velhas caminhadas...





  
Que sirva de bênção, avivamento e renovação!


  
Em Cristo.





                       Rev.
Ricardo César Vasconcelos


                       Igreja Presbiteriana da Penha -RJ

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