IGREJA PRESBITERIANA INDEPENDENTE DE PENDÊNCIAS


Tuesday, August 10, 2010

SUBINDO A MONTANHA

Sermão 25/07/2010

Êxodo 19: 1-6

INTRODUÇÃO

Era uma vez um povo que vivia em um reino muito distante daqui. Esse povo tinha ido para lá há muito tempo e por muitos anos viveu bem naquele lugar, mas depois foi lentamente sendo escravizado até chegar a um ponto em que já não conseguia discernir o significado da palavra liberdade. Porém mesmo oprimido esse povo crescia naquele lugar. Certa vez surgiu um Homem, um Libertador que fez sinais e maravilhas Isso aconteceu. Esse homem foi perseguido logo ao nascer quando tentaram mata-lo, mas ele escapou da morte e quando adulto libertou aquele povo da opressão. Depois da liberdade esse povo passou a segui-lo em uma longa jornada até uma terra prometida. Durante essa caminhada muitos milagres e maravilhas foram realizadas no meio deles e lhes foi dado escrituras para que eles soubesse da vontade de Deus para as suas vidas. Mesmo assim, apesar de tudo isso, por muitas vezes esse povo se desviou na sua caminhada, tentando fazer o que lhes desejava o coração, esquecendo-se das palavras do Libertador e das escrituras.

Essa é a história do povo de Hebreu certo? Errado, essa é a nossa história. Estávamos escravos no reino do pecado, muito distantes do Reino de Deus. Mas a nossa opressão subiu aos Céus e Deus nos mandou Seu Filho amado como nosso Libertador a fim que fossemos salvos e seguíssemos a Ele até a nova Jerusalém. No caminho Deus tem feito muitos milagres e maravilhas, nos deu as escrituras com regra de fé e prática e o seu Espírito Santo que nos orienta e consola nessa caminhada, sendo juiz em nossas decisões entre o que é certo e errado a fazer.

Mesmo assim, temos muitas vezes nos desviado dos seus caminhos, seguido os desejos de nossos corações ou andando por vista e não por fé.

Mas nossa história tem muitas semelhanças com a história do povo hebreu e muito aprendizado podemos tirar dos acontecimentos narrados no Livro de Êxodos para a nossa vida como povo de Deus.

Para essa noite irmos refletir sobre algumas ações de Moisés na sua caminhada com o povo de Deus e que servem de ensino para nos.

Leiamos Êxodo 19: 1-6: Ao terceiro mês da saída dos filhos de Israel da terra do Egito, no mesmo dia chegaram ao deserto de Sinai, porque partiram de Refidim e entraram no deserto de Sinai, onde se acamparam. Israel, pois, ali se acampou em frente ao monte. E subiu Moisés a Deus, e o SENHOR o chamou do monte, dizendo: Assim falarás à casa de Jacó, e anunciarás aos filhos de Israel: Vós tendes visto o que fiz aos egípcios, como vos levei sobre asas de águias, e vos trouxe a mim; agora, pois, se diligentemente ouvirdes a minha voz e guardardes a minha aliança, então sereis a minha propriedade peculiar dentre todos os povos, porque toda a terra é minha. E vós me sereis um reino sacerdotal e o povo santo. Estas são as palavras que falarás aos filhos de Israel.

01 – FALE COM A SARÇA.

O texto que nós lemos se passa no terceiro mês do êxodo. Muita coisa aconteceu antes desse momento. O inicio da história da libertação do povo Hebreu começa depois da conversa entre Moises e o Anjo do Senhor que falou com ele na sarça ardente no capitulo três de êxodo. Nessa conversa Deus anuncia a libertação do povo, o que é confirmado no capitulo seis desse mesmo livro. Moises ao presenciar aquilo não ficou indiferente.

Sabe, Moises se preocupou em se passar por ridículo, por mentiroso ou louco, afinal, quem acreditaria em um homem que diz der falado com uma moita em chamas? Mas Moises não guardou isso para si, ele apresentou seu medo, suas dúvidas e angustias a Deus e Deus lhe deu os recursos necessários para superar esses medos. Além dos impedimentos emocionais, Moises tinha dificuldades físicas. Ele olhou para sim e se viu que tinha dificuldades no falar e até pediu para Deus mandar outro. Mas Deus novamente mostrou a ele a solução para todas as dificuldades. Deus, naquele momento tratou das feridas emocionais de Moises e lhe deu a capacidade necessária para realizar a sua obra. Deus é assim, não chama os capacitados, Ele capacita o chamado. Por fim, Moises atendeu ao chamado e veja que grande obra ele realizou no mio do povo de Deus.

Irmãos, que ver grande obra ser realizada nesta igreja? Atenda ao chamado! Quer ser um grande homem ou mulher de Deus? Atenda ao chamado! Quer ver os seus parentes libertos da opressão? Atenda ao chamado! Quer ver um povo escravizado se tornas sacerdócio real e nação santa? Atenda ao chamado! Essa é a primeira grande lição da vida de Moisés para nós hoje. Precisamos estar dispostos a atender ao chamado. FALE COM A SARÇA.

Muitas vezes vemos a sarça ardente diante de nós e ao invés de nos aproximarmos dela fazemos diferente, nos afastamos para não ouvir o que o anjo tem a nos dizer. Fugimos da responsabilidade, preferimos o conforto de nossa situação atual. Às vezes até ouvimos o chamado, mas temos tanto medo de atendê-lo, ficamos tão preocupados com o que vão pensar de nós que não obedecemos. Será que vão me chamar de louco, de radical, de tolo, pensamos. Apresentamos tantas dificuldades: é falta de tempo, de não saber o que dizer, etc etc e etc. As vezes ainda passamos a responsabilidade para outras pessoas: mas não é para isso que a igreja paga o pastor, esse não é o trabalho dos missionários ou a função dos presbítero.

Irmãos se queremos ver uma obras grandiosa de libertação acontecer nessa cidade precisamos atender ao chamado de Deus para a nossa vida e realizar a obra para o qual fomos chamados. Se temos alguma dificuldade emocional e física, precisamos apresenta-las a Deus para que ele cure. Se precisamos de capacitação, oremos a Deus para que ele nos capacite. Se há alguma dificuldade atrapalhado a obra peça a Deus que Ele fara tudo.

Deus realizará um grande milagre na nossa vida, na nossa família, na nossa igreja e na nossa cidade quando nós atendermos verdadeiramente o seu chamado.

02 – ATRAVESSE O MAR

Muito mais aconteceu ainda antes de chegarmos ao ponto na história do povo hebreu narrada no trecho em que nos lemos.

Do chamado de Moises ao diálogo que nos lemos coisas fantásticas aconteceram. Moises anuncia as dez pragas, abre o mar vermelho, transforma água amarga e agua doce, vê o maná e as codornizes caírem dos céus, faz agua brotar de uma rocha e ainda vence os amalequitas. Ufa quantas coisas. Mas o mais importante nisto tudo é que Moisés não realizou isso sozinho. Na verdade em todas essas ocasiões Moises teve fé, orou ao Senhor e viu o milagre acontecer.

Ora, a fé é a certeza daquilo que esperamos e a prova das coisas que não vemos e não é atoa que Moises encontra-se na galeria dos heróis da fé do capítulo 11 de Hebreus. Moises foi um home de muita fé, pois podia ver o mar aberto a sua frente, diferente do resto do seu povo. Ele sabia que Deus não os havia tirado do Egito para morrer ali de frente do mar. Semelhantemente ele podia ver pelos olhos da fé que o povo não morreria de fome ou de sede no deserto. Pela fé ele sabia que Deus daria vitória sobre o Amalequitas. Por fé Moises realizou os grandes feito narrados no êxodo e viu grandes milhares acontecerem diante dos olhos de todos.

Quer ver milagres na sua vida? Na sua família? Não sua igreja? Na sua cidade? Tenha fé! Se Deus nos chamou e nos capacitou para realizarmos a Sua obra, precisamos crer que grandes coisas Ele tem para realizar por nosso intermédio, precisamos tão somente ter fé, e Ele fará. Jesus mesmo disse que se tivermos a fé do tamanho de um grão de mostarda diremos a um monte sai daqui e vai para ali e o monte irá. Noutra passagem bíblica é dito: sem, fé é impossível agradar a Deus.

Certo poeta popular certa vez disse: “navegar é preciso”. Deus nos diz hoje: ATRAVESSE O MAR!”. Atravessar o mar é ver além das nossa dificuldades e muito além das nossas capacidades humana. Se quisermos realizar a obra de Deus meramente com nossas faculdades humanas, sejam elas nosso intelecto, nossa facilidade de falar ou qualquer outra capacidade humana, estamos fadado ao fracasso. Além disso, se preferirmos ver o tamanho das dificuldades que se nos apresentam ou tão somente ouvir as queixas daqueles que nos acompanham, poderemos morrer na praia.

Se queremos ver milagres acontecer, precisamos ver além do possível e crer que o impossível possa acontecer e para que isso ocorra precisamos ter fé. Pela fé tudo é possível, pois não há nada que Deus não possa fazer.

Grandes coisas Deus tem para realizar na sua vida. Creia nisso!

03 – SUBA A MONTANHA

Por fim, chegamos ao capítulo 19 e outra coisa muito especial tem a ser dito.

Após a vitória sobre os amalequitas, Moises recebe a visita do seu sogro Jetro que tinha ouvido sobre os grandes feitos de Deus através de Moises. Ao visita-lo, Jetro encontra Moises sobrecarregado ao jugar as questões do povo. Jetro então o aconselha a formar novos líderes para auxiliá-lo se assim fosse da vontade de Deus.

Depois disso, tendo despedindo-se do seu sogro Moises e o povo hebreu chegam ao deserto do Sinai e se acampam diante do Monte Sinai. Acontece então à fala de Deus com Moises que nos lemos no início dessa mensagem. Moises sobe ao monte para encontrar-se com Deus e ouvir a voz do Senhor, receber Dele orientação e promessas formidáveis.

Irmãos, vocês querem ouvir a voz de Deus? Então saia de onde você está e suba o monte! Vocês querem receber as promessas de Deus? Saia antão do seu estado de apatia e estagnação espiritual e suba no mente! Quer receber o melhor de Deus e estar no meio de sua nuvem de glória? Saia do conforto de seu acampamento e sua o monte!

Subir o monte significa buscar o Senhor de forma intensa e ouvi Dele as palavras de orientação quer você precisa ouvir. Mas para subir o monte não é fácil.

Primeiro precisamos deixar o conforto e a segurança do acampamento. É muito bom estar no acampamento. Lá estamos protegidos do frio e do vento, a tenda nos dá a privacidade que necessitamos nas nossas atividades cotidianas. Para subir o monte significa deixar para traz nossas posses e nossa comodidade. Subir o monte exige esforço, dedicação e perseverança. Subir o monte nos faz perder muitas nossas conquista, pois precisamos levar só o essencial para a sobrevivência e nada mais. Subir o monte exige força e destreza para não tropeças e cair barranco abaixo. Subir ao monte traz sacrifício que poucos estão prontos a fazer.

Mas é subindo o monte que encontraremos a nuvem de glória do Senhor. É no alto do monte que poderemos ver a Deus face a face. É no alto do monte que Deus fala de forma pessoal e direta conosco. Subir no monte significa elevarmos a nossa percepção das coisas e passar a ver além do que os olhos podem ver. É crescer espiritualmente ao ponto de encontrar-se diretamente com Deus.

Se quisermos uma verdadeira intimidade com Deus e desfrutar plenamente do esplendor da sua glória e majestade, precisou subir o monte. Se quisermos conhecer a Deus e a Sua vontade para a nossa vida precisamos subir o monte.

CONCLUSÃO

Mas o povo hebreu, apesar da convivência com Moises precisava aprender muito mais com ele.

Esse povo foi liberto do Egito, tendo passado pelas pragas sem ser afetadas por elas; viu o mar ser aberto diante de seus olhos, comeu do maná, viu a água jorrar da rocha tudo isso em poucos meses e mesmo assim por tantas vezes esqueceu-se dos grandes feitos do Senhor, resmungou e questionou a Deus. Tudo isso porque o povo só via e não realizava os feitos. Pelo que conhecemos da história desse povo vemos que ele passou 80 anos no deserto por causa do seu pecado.

A conclusão do texto que lemos mostra que Deus intentou falar com o Seu povo, mas ao presenciarem a glória de Deus e ouvirem a Sua voz afastaram-se assustados e pediram para que apenas Moises falasse com eles. Noutro momento quando Moises sobe outra vez ao monte o povo faz um bezerro de ouro como seu deus.

Esse povo não só não estava pronto para ouvir a voz de Deus como estavam predispostos a procurarem por seus esforços resolver suas dificuldades. Facilmente esqueciam das promessas e precisavam sempre feitos grandiosos para alimentar sua fé. Esqueciam-se de Deus e voltam-se para suas paixões mundanas.

Mesmo libertos do cativeiro, por algumas vezes desejavam voltar ao Egito do que enfrentar as dificuldades da liberdade.

Irmãos, precisamos ser diferentes do povo hebreu e aprender mais com Moises. Precisamos falar com a sarça ardente, ouvindo e atendendo prontamente ao chamado do Senhor. Precisamos ter a fé suficiente para abrir o mar de dificuldades que aparece a nossa frente e caminha na nossa jornada de santificação e na obra do Senhor. E por fim, precisamos estar prontos e dispostos ao buscar o Senhor com toda intensidade; subir ao lugar onde está a glória do Senhor; chegar ao topo do monte e ouvir a voz do Senhor; deixar no acampamento todo o peso que impede que subamos e vejamos Deus face a face.

Que Deus possa fazer sua obra em nosso meio assim como ele fez na vida de Moises. Precisamos atender ao chamado, ter fé e buscar ao Senhor de forma intensa. Desse modo alcançaremos a libertação desta cidade, faremos grandes sinais e maravilhas nesta igreja e seremos inundados pela glória de Deus.

Que Deus nos abençoe.

Monday, July 19, 2010

SERMÃO - Anunciando em nosso lar o que o Senhor nos tem feito

 

nossa_gente Anunciando em nosso lar o que o Senhor nos tem feito

Mc.5.16-20

Introdução

Gadara ou Gerasa era uma cidade que ficava a 50km do lago da Galiléia. Seu nome tem uma relação muito forte com a história que iremos falar, significa “O possuído”, “Habitação dos que foram expulsos”, mostrando-nos que espiritualmente, a cidade era envolvida por uma atmosfera demoníaca e opressora.

Jesus liberta aquele homem que não tem o seu nome revelado, e depois de fazer isso, o homem vendo que não havia simpatia do povo para com ele, pede a Jesus pra segui-lo, mas Jesus não permite, mas ordena-o que pregue.

Em outras ocasiões Jesus diz àqueles com quem ele mantém contato que se calem:

- Demônios que gritavam que ele era o Filho de Deus

- A Jairo e à sua casa (Mc.5.43);

- Aos discípulos, não falarem que ele é o Cristo (Mc.8.30);

A Bartimeu Jesus permite acompanhá-lo (Mc.10.52). Eu acredito irmãos que Jesus disse àquele gadareno para voltar pra sua casa por que desejava nos ensinar que o que recebemos do Senhor, deve ser anunciado e compartilhado com os nossos familiares e amigos. A ordem que Jesus lhe dá a partir deste pedido é a mesma que ele nos dá ao recebermos a salvação e as suas bênçãos.

1. Volta ao convívio da tua família

Muitos crentes se tornam alheios aos da sua casa por que aceitaram a Jesus, parecem mais estranhos dentro do lar, sem participar da vida da sua família.

Quantas pessoas o gadareno da nossa história deve ter magoado até ser abandonado naquelas cavernas e túmulos. Volta pra tua casa e reconcilia-te com eles. É necessário que as mazelas familiares do passado causadas por nó ou por outros, sejam exorcizadas da nossa casa.

2. Anuncia tudo o Senhor te fez

Jesus falava do poder transformador que o abençoou a ponto de ter feito um milagre em sua vida. Os milagres que recebemos devem ser testemunhados em nossa casa dando a glória pro Senhor. Amigos, vizinhos e parentes se aproximam de nós falando das suas dores e problemas e silenciamos o nome do Senhor. (Sl.96.3: Anunciai entre as nações a sua glória, entre todos os povos as suas maravilhas.)

3. Anuncia a sua compaixão e amor

As pessoas não querem ser anônimas, querem alguém que os ame, por isso precisamos apontar o Senhor. Em Canindé pessoas sobem um alto com pedras na cabeça por que querem agradar a Deus, outros em Juazeiro sobem um horto para chamar a atenção dEle, por isso irmãos é imprescindível que falemos pra esta gente que o amor de Deus não é analisado péla geografia religiosa, mas que permeia todos os lugares e está disponível a todas as pessoas. Jesus atravessou um lago, andar mais de 40km para alcançar aquele homem. (Ex. A ovelha perdida).

Conclusão

Ele se tornou o primeiro missionário gentílico. Ele fez muito mais do que o Senhor lhe mandou, foi em toda Decápolis. Eu acredito qeu as pessoas ficaram pedindo que contassem sua história a outros.

SERMÃO - CONSOLAR, UM ATO MATERNO DE DEUS

 

womandez014_L CONSOLAR, UM ATO MATERNO DE DEUS

Introdução II Co.1.3-5;Is.66.13

A palavra consolação ou consolar traz pra nossa língua a idéia de acalentar. O dicionário Aurélio a define como [Do lat. *consolare, por consolari.] 1.Aliviar ou suavizar a aflição, o sofrimento, o padecimento de; 2.Dar lenitivo a; suavizar, mitigar; 3. Proporcionar sensação agradável a; dar prazer a; 4.Proporcionar consolação, lenitivo; confortar; 5.Causar ou proporcionar consolação; conformar-se, resignar-se.

São estas coisas que nós esperamos que Deus nos faça, bem como nossas mães também, mas isto pode até nos dar uma sensação agradável, mas não transforma o caráter, não nos prepara pra vida.

A palavra consolação mostra o papel maternal de Deus na transformação de nosso caráter. Consolar = Exortar, apaziguar persuadir e divertir.

1. O consolo maternal de Deus nos traz uma palavra de exortação

Deus nos exorta, nos repreende para que caminhemos pelo lugar certo. Pv.3.12: O Senhor repreende a quem ama. Um filho não exortado entristece o coração de Deus ,assim como o de sua mãe.

2. O consolo maternal de Deus traz quietude nas tempestades

Consolar também significa apaziguar (aquietar, trazer paz). Quantas tempestades são formadas dentro de nós, dentro de nossas casas, momentos estes em que Deus fala de maneira poderosa como disse ao mar e ao vento no mar da Galiléia: Acalma-te, emudece.

3. O consolo maternal de Deus nos convence da verdade

Consolar é persuadir, convencer, nos fazer aceitar, nos levar a crer. Diante do que o mundo nos mostra somos instigados a crer em cpoisas efêmeras e insignificantes, mas Deus tem o papel, como uma mãe preocupada com o futuro do seu filho de nos levar a crer na transformação, na mudança (Moisés, Jeremias).

4. O consolo maternal de Deus nos traz alegria

Consolar também significa diversão. Muitas pessoas acreditam que Deus é alguém turrão e sério, mas Ele tem o poder de nos divertir, de nos alegrar. Como uma mãe que é capaz de transformar o choro de uma criança provocado por uma queda apenas com um beijo, Deus é capaz de trazer alegria ao nosso coração.

Conclusão

Mães, Deus foi o professor de vocês na arte de trazer real consolo aos nossos corações. por isso apliquem o que aprenderam dEle dentro da sua família, dentro do vosso ministério.

O Senhor irmãos é poderoso pra nos consolar, quando precisa exortar, apaziguar persuadir e divertir.

SERMÃO - Construindo um lar segundo o propósito de Deus

 

larTema: Construindo um lar segundo o propósito de Deus (Sl.127)

Introdução

O Taj Mahal é um mausoléu situado em Agra, uma cidade da Índia e o mais conhecido dos monumentos do país. Encontra-se classificado pela UNESCO como Património da Humanidade. Foi recentemente anunciado como uma das Novas Sete Maravilhas do Mundo Moderno em uma celebração em Lisboa no dia 7 de Julho de 2007. O termo Taj Mahal significa "Coroa de Mahal".

A obra foi feita entre 1630 e 1652 por cerca de 22 mil homens, trazidos de várias cidades do Oriente, para trabalhar no sumptuoso monumento de mármore branco que o imperador Shah Jahan mandou construir em memória de sua esposa favorita, Aryumand Banu Begam, a quem chamava de Mumtaz Mahal ("A jóia do palácio"). Ela morreu após dar à luz o 14º filho, tendo o Taj Mahal sido construído sobre seu túmulo, junto ao rio Yamuna.

Assim, o Taj Mahal é também conhecido como a maior prova de amor do mundo, contendo inscrições retiradas do Corão. É incrustado com pedras semipreciosas, tais como o lápis-lazúli entre outras. A sua cúpula é costurada com fios de ouro. O edifício é flanqueado por duas mesquitas e cercado por quatro minaretes.

Supõe-se que o imperador pretendesse fazer para ele próprio uma réplica do Taj Mahal original na outra margem do rio, em mármore preto, mas acabou deposto antes do início das obras por um de seus filhos.

A história conta que o imperador teve à sua disposição os melhores arquitetos e decoradores e que depois de completar o seu trabalho fazia-os cegar e cortar as mãos para que não pudessem voltar a construir um monumento que igualasse o esplendor do Taj Mahal.

Vocês hoje estao iniciando uma construção, e nela não há melhor construtor do que o Senhor, pois:

1. Ele tem o melhor alicerce ( A Palavra)

2.Ele tem o melhor material ( O fruto do Espírito)

3. Ele faz parte da melhor equipe de construtores de lares ( Pai, Filho e Espírito Santo)

Conclusão

Contratem o Senhor para o início (As bênçãos hoje) e conclusão da Obra (morte ou vinda de Cristo).

SERMÃO - Perseguir a sublimidade espiritual ou estagnado por causa da vida carnal

 

Perseguir a sublimidade espiritual ou estagnado por causa da vida carnal

Hb. 12.14-16

Introdução

Este é um texto bem diferente de muitos outro da Bíblia exortativos da Bíblia, pois outros textos costumam primeiro falar do problema que está acontecendo para depois apresentar a solução, mas este não. Acredito que ele é apresentado assim por que os dois temas utilizados pelo autor: A PAZ e a SANTIFICAÇÃO são elemento primordiais para que nós possamos ver a Deus em toda a sua glória na eternidade. Eles são qualidades Preventivas e corretivas. A Paz ou a unidade, a vida debaixo de um único propósito é a única forma de seguirmos a caminhada na fé. Nas guerras para a conquista da terra de Canaã as tribos eram convocadas a lutarem unidas, pois só assim venceriam os seus inimigos.

O segundo elemento de tão grande importância é a santificação, a vida em comunhão com Deus. Crentes santificados são os que estão próximos do Senhor e próximos do Senhor, o diabo não poderá nos agarrar. Na visão de João no livro do Apocalipse cap.12 o diabo tenta agarrar a mulher que simboliza a igreja, mas esta é protegida pelo Senhor. No cap.13 a besta está na praia e surge uma outra do mar, mas onde estão os santos? Estão no Monte Sião com o Senhor, longe de serem agarrados pelas mãos sujas de Satanás.

A partir do v.14 o autor do livro aos Hebreus fala que grupos deveriam buscar a paz ou vida em um só propósito e a santificação, ou a comunhão com Deus:

1. Os enfraquecidos e faltosos (v.14)

No gr. são os necessitados os que chegam tarde, os atrasados. São os mesmos tratados no v.12 (mãos cansadas e joelhos vacilantes). A Bíblia diz que eles estão afastando-se da graça de Deus, não morrem de modo súbito e repentino, mas vão enfraquecendo seqüencialmente na fé.

Crentes desanimados que a cada dia tem se afastado da comunhão com os demais e relaxado na vida santificada. São como Davi (não foi à guerra).

2. Os amargurados (v.15)

Ao falar de raiz de amargura o autor usa da agricultura como símbolo. Os amargurados são como plantas venenosas que se infiltraram na plantação de trigo. Tantas riquezas estavam naquela comunidade cristã, tanta produtividade em seus corações, mas uma raiz maldita entrou em seus e estava espalhando-se de maneira que danificaria a boa palavra de Deus que fora plantada em suas vidas. O que ervas venenosas fazem a uma plantação:

- Cresce rapidamente;

- Absorvem os nutrientes;

- Espalham-se rapidamente e faz brotar outras plantinhas secundárias;

- Impossibilita o crescimento do trigo.

O texto é baseado em Dt.29.18.

3. Os impuros e profanos (v.16)

A história de Esaú e a venda do direito à primogenitura. Esaú não sabia o valor das coisas espirituais. Trocou por um ensopado. Não sabia o valor da bênção de Deus. Há crentes que não sabem o valor das coisas espirituais:

- Do culto;

- Da adoração;

- da Palavra de Deus;

- da igreja;

- do ministério dado por Deus.

Sabem o que aconteceu com Esaú? Deus o rejeitou e quando ele resolveu correr atrás das perdas já era tarde demais (v.17). Como Belsazar, que profanou os utensílios da Casa do Senhor, recebeu o juízo de Deus.

Conclusão

Onde você está na caminhada da fé? Deitado na sombra lamentando o seu cansaço e fraqueza? Sentado na estrada contando as coisas que já lhe chatearam na igreja e tornou você uma pessoa amargurada? Ou faminto em alguma esquina negociando a sua fé por um prato dos prazeres deste mundo?

O Senhor convoca você a levantar e continuar a jornada de fé, a Perseguir a Paz, a vida num propósito soberano com o povo de Deus e a Santificação, a comunhão que te deixa tão perto do Senhor que o diabo não pode te alcançar.

SERMÃO - Nós, casas espirituais do Deus triúno

 

amanhecer3Nós, casas espirituais do Deus triúno

I Co. 3.10-17 Introdução

Michael Jackson morreu. Foi a notícia mais divulgada nas últimas semanas e que demonstrou a hipocrisia descarada e o espírito de meretriz da mídia, pronta a vender um produto, seja cheio de manchas e degradações como foi a imagem do rei do pop ainda vivo ou a sacralização de um personagem como ele foi apresentado após sua morte. O fato é que ouvimos estes dias a respeito de Michael Jackson como um homem cheio de qualidades: carismático, bom, enigmático, cavalheiro, forte, sensível, determinado. E a incoerência das informações nos põe dúvida a respeito dele. Quem era o rei do pop? Ou, usando a ilustração apresentada por Paulo: De que material Michael Jackson era feito?

Não é sem significado o que a imprensa faz com os personagens que lhe interessam, apresentando-os como super-homens, pois gostamos de pessoas feitas de material resistente, de pessoas fortes, determinadas, de gente que não se deixa esmorecer. Admiramos aqueles que têm uma personalidade forte, gente que está sempre com o queixo levantado e parece nunca demonstrar fraqueza. Gostamos de pessoas feitas de material resistente, que respondem sempre com firmeza, ousadia e inteligência aos problemas e contrariedades da vida.

O texto fala de prédios ou casas feitos de materiais diversos e que trazem uma simbologia da personalidade do cristão, de acordo com a forma como ele responde aos problemas e dificuldades da vida (fogo):

Ouro e prata: resistente ao fogo, mas se colocados a uma temperatura elevada acaba derretendo. Pessoas que resistem a pressões, mas que demonstram depois de um tempo as suas fragilidades (Ex. Davi);

Pedras preciosas: Bem mais resistente que o fogo, mas que se levadas a grandes temperaturas acabam rachando. Representam o tipo de pessoa que mais admiramos: fortes, que quase nada consegue abatê-las (Ex.Elias);

Madeira, feno e palha: Não apresentam resistência alguma ao fogo, queimam com fragilidade. Representam aqueles que rapidamente demonstram suas fraquezas e dificuldades (Ex. Jeremias).

Diferente da mídia, a Bíblia não está interessada em maquiar os seus personagens ou em pessoas que tenham um perfil de super-homem. No texto que lemos vemos que:

1. Não importa do que somos feito, o importante é sobre quem estamos alicerçados (v.11)

A nossa vida deve estar alicerçada no Senhor Jesus. Paulo diz que foi prudente construtor, pois iniciou fazendo o alicerce no seu ministério como qualquer mestre que entenda o que está fazendo.

Os judeus edificavam suas vidas sobre Abraão, os muçulmanos sobre Maomé, mas não há outro alicerce que nos garanta a salvação a não ser Jesus Cristo: Por que ninguém pode pôr outro fundamento, além do que já está posto, o qual É Jesus Cristo (v.11).

2. Não importa do que somos feito, o importante é quem habita em nós (v.16)

Olhamos para os apóstolos e vemos pessoas das mais diversas personalidades, homens fortes como Pedro, ousados como Felipe, administradores como Mateus, amorosos como João, mas todos após a morte de Jesus estavam escondidos, amedrontados pois, não haviam recebido a visita permanente dos céus, ainda não haviam sido cheios do Espírito Santo. Mas após o dia de Pentecostes homens e mulheres das mais diversas personalidades foram cheios do Espírito Santo e tiveram ousadia para viver a sua fé e pregá-la em todos os lugares. O v. 16 afirma: Não sabeis que sois templos de Deus e que o Espírito Santo de Deus habita em vós?

O templo de Jerusalém recebia visitações esporádicas do Espírito do Senhor, nós o temos constantemente em nossas vidas. Não somo uma pousada do Espírito nem uma casa de veraneio,mas a habitação constante do Espírito Santo.

3. Não importa do que somos feito, o importante é a quem nós pertencemos (v.17)

Como habitação do Espírito Santo, nós pertencemos ao Senhor, seja frágeis como o tabernáculo ou seguros como o templo fixo em Jerusalém, pertencemos ao Senhor e por isso estamos seguros.

Quando os filisteus levaram a arca da Aliança, Deus enviou o juízo sobre eles; por Belsazar usar os utensílios do templo para uma festa pagã Deus revelou o seu julgamento enviando o império medo-persa para destruí-lo; pelo fato dos romanos terem destruído o templo de Jerusalém, Deus alguns séculos depois enviou-lhes os bárbaros para esfacelar aquele grande império. Se Deus teve esse zelo com sua habitação simbólica feita de material sem vida como couro de animais, prata, bronze ou ouro, cimento e madeira o que ele não fará com aqueles que resolverem tocar em um dos seus ungidos que são habitação do Seu Espírito?(v.17).

Nós pertencemos ao Senhor e Deus tem zelo por nós, Ele cuida de nós, somos propriedade sua.

CONCLUSÃO

Não precisamos nos preocupar em parecer com aqueles que parecem mais fortes, nem lamentar por termos personalidades frágeis ou por não sermos tão fortes como o nosso vizinho pois se nossa vida está alicerçada no Senhor, se dentro de nós habita o Espírito Santo e pertencemos a Deus nós estamos seguros.

Sermão - Natal: Recebendo a plenitude do que Deus preparou para nós

 

Natal: Recebendo a plenitude do que Deus preparou para nós

Introdução Gl.4.1-6

Alguém já disse que a vida é feita de momentos. E isto pode ser verdade, afinal são eles que dão à vida um sabor novo e diferente. Passamos horas e até dias preparando-nos pra esses momentos. (Ex.: casamento, aniversário, formatura).

Em qualquer um desses eventos pense:

- no que gastamos

- no tempo que usamos

- nas ocupações que temos

Fazemos tudo isso para que cheguemos ao ápice da ocasião. Na cerimônia de casamento, quando a noiva aponta na entrada do templo e ouvimos a marcha nupcial. No aniversário: corremos e planejamos para o momento maior, quando a luz é apagada, a vela acesa e todos cantam parabéns pra você.

Deus também investiu muito para um grande momento: Este que nós estamos celebrando. Natal é o convergir de todos os tempos, de todas as grandes profecias, de todas as esferas cósmicas, de todas as esperanças, de todas as promessas para:

Um único lugar (uma estrebaria), um único som (choro de um bebê), uma única mensagem (É que hoje nasceu na cidade de Davi, o Salvador que é Cristo, o Senhor), uma única Palavra de Deus (amor).

Aquela criança enfaixada e com o corpo coberto de sal para enrijecer a pele como era costume da época era o grande momento da preparação de toda aquela festa onde anjos, pastores e magos eram convidados para um momento pleno de celebração. Afinal, havia muito a ser ganho nesse momento, pois vindo a plenitude dos tempos:

1. Eu recebo a plenitude do tesouro e herança do Senhor (v.1,2)

Vivíamos como um herdeiro que não tem idade para assumir nossa herança, mas em Cristo todos os tesouros celestiais são adquiridos e apossados por nós. Os tesouros trazidos pelos magos do Oriente não são nem de perto comparáveis com aquilo que Deus nos entregou como herança por meio de Cristo Jesus.

2. Eu tenho a plenitude da liberdade que o Senhor adquiriu (v.3)

A plenitude do tempo trouxe também a nossa carta de alforria. O nascimento de Cristo foi o decreto da Lei Áurea para todos aqueles que viviam escravizados pelo pecado.

3. Eu vivo a plenitude do relacionamento com Deus (Filho) (v.5,6)

No A.T. o povo de Deus é chamado de servos, sacerdotes, povo de Deus, mas com a vinda de Cristo, Deus nos estabeleceu como filhos. Somo como crianças que alegremente corre para a porta com a chegada do seu pai gritando por ele.

CONCLUSÃO – Como alguém que enfeita a casa para o Natal, Deus decorou todo o mundo para achegada do Seu filho (estrebaria, estrela, anjos, campo, etc), pois o v.7 diz que toda a plenitude que este evento nos proporcionou foi OBRA DE DEUS.

SERMÃO - Justificação, um processo no desenvolvimento da vida cristã

 

mostra_img Justificação, um processo no desenvolvimento da vida cristã (Rm.8.1-4)

Introdução

Condenação é uma palavra que ninguém quer ouvi. Ela faz com que criminosos tremam e pensem em tudo o que poderiam ter feito com a sua vida.

Ao contrário, Justificação é o que todo preso espera ouvir no seu julgamento. Esta palavra vinda de um juiz garantirá que ele poderá voltar livre para sua casa e amigos.

A impressão que tenho irmãos ao ler as Palavras de Paulo no capítulo 8.1 é que estamos no final de uma audiência no tribunal.

Paulo, como oficial de justiça, leva uma carta dizendo a todos para se apresentar num tribunal, convocado por Deus, o Supremo Juiz. De um lado está o pecado, promotor de justiça com várias testemunhas:

- A Lei (a religião)– Tentei mudar o réu, mas não conseguí;

- Adão – O pecado diz: Adão, o primeiro ser humano, com todas as benesses não resistiu;

- Os judeus – Foram alvo especial das grandes promessas de Deus, mas foram Incapazes de manterem-se fiéis;

- Os gentios – Receberam vários sinais da presença de um Deus soberano, mas não o louvaram e sim voltaram-se pra divindades de acordo com a sua vontade.

Do outro lado, a defesa: A fé. Ela apresenta as suas testemunhas:

- Abraão, um homem que embora não conhecesse muito a respeito de Deus, foi justificado e recebeu do Senhor promessas maravilhosas;

- Como maior argumento da defesa apresenta-se JESUS (3.21-24). Jesus é aquele que com o seu amor e sua vida venceu os argumentos do pecado.

Todos se levantam e o Supremo Juiz declara a sentença: O ser humano é condenado, mas Jesus resolve assumir a sua condenação. O amor gracioso de Deus venceu e o que saiu livre do tribunal passa a viver uma nova direção. Que direção foi esta?

1. A direção de uma nova Lei (v.2)

A Lei do Espírito da Vida nos livrou da Lei do pecado e da morte. Ele declara como somos vistos por Deus: Vivos. Aquilo que a Lei não pôde oferecer, Cristo oferece gratuitamente.

2. A direção de coisas novas (v.3)

O pecado foi condenado na carne. Deus não permaneceu parado, mas condenou o pecado em Cristo.

3. A direção de um novo estilo de vida (v.4)

Não andamos segundo a carne, mas segundo o Espírito. Há uma nova proposta de Deus. A graça não foi barata. Ela custou o sangue de Jesus.

Conclusão

Apenas a graça de Deus por meio do amor de Cristo é capaz de mudar o rumo de nossas vidas.

SERMÃO - Conduzindo nossa família na Presença de Deus

 

Conduzindo nossa família na Presença de Deus

familia At. 10.1-5,33

Introdução

Aquilo ou aquele que entra em nossa casa é com o nosso consentimento, caso contrário é algo ilegal ou alguém indesejado. Não é diferente com o Senhor. Deus entrará em nossa família se nós lhe dermos consentimento, se abrirmos a porta para que ele possa entrar.

Eu tenho certeza que todos os que estão aqui querem que o Senhor entre na sua casa e lá permaneça, mas por causa de algumas coisas isto não tem acontecido. Tenho enfatizado sempre irmãos que somos os sacerdotes do nosso lar, em especial os maridos e pais, mas como muitos ainda não se converteram, esta responsabilidade tem recaído sobre filhos e esposas. O que Cornélio vem nos ensinar é como sermos sacerdotes bem sucedidos, ou seja, como atrair colocar a nossa família na presença de Deus, afinal quando Pedro chega na casa de Cornélio, toda a família e amigos está aguardando, mas como ele conseguiu fazer isso:

1. Sendo um exemplo de piedade (v.1-4)

Cornélio vivia uma vida piedosa. Blaise Pascal dizia que “Piedade é ter o coração sensível para Deus”. E era isto que ele tinha: sensibilidade para ouvir a voz Deus.

Um crente piedoso faz com que os céus conspirem em seu favor:

- Anjo vem falar com ele;

- O Senhor dá uma visão a Pedro;

- O Espírito ordena a Pedro que fosse com aqueles a quem ele enviou.

2. Tendo prontidão em obedecer à voz do Senhor (v.7, 8, 33)

Ele era alguém pronto para obedecer, e isto mostrava quanta importância ele dava à voz do Senhor. No v.7: Logo que se retirou o anjo; v.8: havendo-lhes contado tudo, enviou-os a Jope; v.33: Portanto sem demora mandei chamar-te. A prontidão de Cornélio revela também que ele estava ansioso por ouvir a voz de Deus. Era alguém cheio de expectativas para aquilo que Deus faria em sua casa.

Irmãos, façamos como Habacuque: Nos coloquemos na torre de vigia e esperemos o que o Senhor falará; tenha expectativas para com aquilo que Deus fará à sua família.

3. Mostrando à sua casa o valor do evangelho (v.23, 25, 33)

Observemos o que ele faz:

- Ele reúne a sua casa para ouvir a Palavra do Senhor por meio de Pedro (v.23);

- Ele se prostra diante de Pedro em respeito e reverência (v.25);

- Ele apresenta a sua casa em prontidão para ouvir a Pedro (v.33).

É triste pensar que estamos mais prontos a reunir a nossa casa ao redor da TV do que para escutar a Palavra do Senhor.

Conclusão: Irmãos queremos nossa casa na presença de Deus, mas isto nos custa algumas coisas: Ser um exemplo de piedade, Ter prontidão em obedecer à voz do Senhor e Mostrar à sua casa o valor do evangelho.

SERMÃO - A Graça A força que encontramos para enfrentar o labor

a-graca-e-isso-foto2 A Graça A força que encontramos para enfrentar o labor

II Tm.2.1-7

Introdução

Timóteo era um jovem pastor que estava passando por alguns conflitos, principalmente por que seu mentor (Paulo) estava prevendo sua morte. Mas o apóstolo tinha uma mensagem especial para ele: FORTIFICA-TE NA GRAÇA.

Diante de tantas possibilidades (como irmãos, capacidade intelectual, na juventude, nos sonhos e força humana) busca de revigoramento, por que Paulo dá não apenas ênfase, mas total atenção à graça como força motora na vida de Timóteo?

A palavra usada por Paulo é (gr.) endunamoo: fortificar, revigorar, dar energia, adquirir forças, ser forte. Trata-se de uma força que se renova sempre.

Mas como nos fortificamos na graça?

1. Como soldados que lutam sem baixar a guarda (v.4)

Os soldados não podem pensar em outra coisa, não pode dormir em seu turno, não podem brincar em serviço. Como soldados, estamos prontos a suportar dificuldades em meio à guerra.

2. Como atletas que conhece tudo o que envolve uma corrida (v.5)

Treinamento, concentração, disposição, olhar para a linha de chegada. Como atletas devemos observar as regra do juiz.

3. Como lavradores que conhece a recompensa (v.6)

O lavrador sabe que seu trabalho não é em vão. Ele sabe que a seu tempo a recompensa virá. Como lavradores esperamos resultados do nosso trabalho.

Conclusão

O soldado, o atleta e o lavrador do texto têm em comum uma coisa: A arma da graça para lutar, as normas da graça para dirigi-lo e a semente da graça para plantar.

Fortifica-te na graça que há em Cristo Jesus. O apóstolo propõe uma união espiritual com Cristo e nela nos despojamos dos nossos méritos e nos apresentamos como soldados que não tem outra arma, senão o favor imerecido de Deus, como atletas que não tem outra regra, se não o poder gracioso do Senhor e lavradores que não plantam outra coisa, mas tão somente a semente da graça de Deus.

Sermão 01

Introdução Rm.13.11,12

Nós costumamos ter coisas próprias e específicas que fazemos durante o dia, no geral: - durante o dia TRABALHAMOS

- durante a noite DORMIMOS

As pessoas da época de Paulo tinham um cotidiano sememlhante ao nosso.

Paulo diz que os crentes em Roma conheciam o tempo, sabiam o que deviam fazer e que, inclusive não vivam a era noturna, pois a luz de Cristo já brilhara nas suas vidas e que em breve ele voltaria. E você conhece o tempo em que você está vivendo?

O grande problema dos crentes é que embora conheçam o tempo, não se comportam adequadamente, pois:

1. Os que conhecem o tempo sabem que não é hora de dormir (v.11)

A sonolência na Bíblia contrasta com a vigilância de que Jesus tanto nos falou. Após narrar a parábola da figueira, Jesus diz: Vigiai, por que não sabeis em que dia vem o vosso Senhor (Mt.24.42). Pra ilustrar isto, ele nos conta três parábolas: 1ª: duas possibilidades de servir – fielmente ou utilizando os bens como se fossem seus; : 10 virgens – metade perdeu a unção (óleo); 3ª: 3 servos – um deles escondeu o que deveria ter multiplicado.

É hora de vigiar: A nossa salvação está mais próxima. Os que conhecem o tempo sabem disso e não dormem, mas vigiam.

2. Os que conhecem o tempo sabem que a noite está terminando (v.12a)

O tempo da perseguição, dos olhares escandalizados está por terminar. Paulo diz que o dia está chegando. À noite irmãos têm alguns traços específicos:

- À noite é sombrio;

- Não vemos direito;

- As pessoas praticam dissoluções, orgias (pecados).

3. Os que conhecem o tempo sabem que devem colocar as roupas da batalha (v.12b)

Paulo mostra que hora de nos despirmos das vestes da noite e colocarmos as armas de guerra (Ef.6). Que roupa você está vestindo? Há muita gente com o pijama espiritual, querendo descansar e relaxar, mas Paulo nos exorta: Vistam as roupas de guerra, pois é hora de luta.

Conclusão

E agora, você conhece o tempo? Então como você irá viver? Conhecer o tempo implica em saber que comportamento terei, o que vou fazer e que vestes irei usar.

SERMÃO - UMA BÊNÇÃO CHAMADA FAMÍLIA

 

foto-de-familiaI ENCONTRO DA FAMÍLIA

UMA BÊNÇÃO CHAMADA FAMÍLIA

SERMÃO

Uma vida de liberdade na família

Introdução

Casamento é compreendido por muitos como uma prisão. O próprio termo usado para quem está casando é: “Fulano está se amarrando” ou “Vai enforcar-se amanhã”. Existe até para alguns a tradicional “despedida de solteiro”.

Como tem sido o seu casamento? A sua vida em família? Como um dos membros dela?

Se você não fosse crente, tivesse outro lugar para ir, outra pessoa com quem ficar ou para amparar você, ainda estaria casado, na família que você tem?

Longe de ser um peso, um suicídio ou coleira, Deus elaborou este projeto para que fosse uma bênção para você. Se você não tem visto sua casa como esta bênção, o problema não está na mulher, nos filhos difíceis ou na sogra, mas na incompreensão das dádivas de Deus para você. O relacionamento difícil dentro da família muitas vezes não acha explicações nos problemas presentes, mas no passado, no início, no momento em que tudo começou.

O que levou você a casar?

- Uma gravidez indesejada?

- Uma necessidade financeira?

- Alguém para lavar a roupa?

- Não querer ficar pra titio (a)?

O que levou você a ter filhos?

- Receber a renda do Bolsa Família?

- Salvar o casamento?

- O medo de não poder ter filhos depois?

Um começo mal projetado nos faz entender que nada está certo no meio da jornada, mas lembre-se: Deus é alguém que transforma situações, que coloca as coisas nos devidos lugares, que nos ajuda no meio da trajetória, mesmo quando nós não iniciamos com Ele, e por isso, começamos errado.

O tema do nosso encontro é “Uma bênção chamada família” e se é bênção vem de Deus (Tg.1.18)

O projeto de Deus pro passado, para a primeira família ainda tem valor para nós, sendo assim os planos e diretrizes de Deus não mudaram, continuam sendo os mesmos. E seu plano e diretriz não tem como propósito nos controlar, mas nos conduzir para desfrutar totalmente da bênção familiar que ele projetou.

Mas o que a Bíblia diz sobre a família?

Vamos voltar ao projeto inicial de Deus por que tudo aquilo que veio depois como atividade humana está maculada pelo pecado e suas adequações vêm sempre acompanhadas de falhas e remendos:

1. O projeto inicial de Deus é que homem e mulher estivessem em parceria com Ele (Gn.1.26)

Deus é o governador de tudo e fez o homem e a mulher para que governassem este mundo com Ele. Não somos governantes da criação ao nosso bel-prazer, mas mordomos daquilo que Deus criou, e isto inclui a família. No casamento, não são os meus interesses que devem prevalecer, mas os interesses de Deus. E qual o interesse de Deus?

- Se tratando da criação é que o ser humano governe;

- Quanto ao relacionamento é que o homem ame;

- e a mulher respeite;

- e que o pai compreenda;

- e que o filho honre.

Eu sei que a vontade que dá, às vezes, é quebrar todos estes mandamentos e agir como governante e não como mordomo de tudo, mas ao agirmos assim veremos os maremotos, terremotos, catástrofes e falta de água no lar. A família responde da mesma forma que a natureza, quando o ser humano a agride.

2. O projeto de Deus é que o ser humano compreenda a necessidade real de viver em comunidade familiar (Gn. 2.18-20)

Cada animal foi levado ao homem para que ele desse o seu nome e por ele mesmo percebesse a necessidade de sua companheira.

Quando o incentivo é externo o início do relacionamento deixa de ser prazeroso (ex.: gravidez indesejada, pressão dos amigos, medo de ficar só por que todo mundo está casando, etc.).

Mas aí você vai dizer: Pr. O senhor avisou tarde demais, e agora? Agora meu irmão é hora de olhar pra mulher que está ao seu lado, pro marido com quem você tem vivido e viver conforme o propósito de Deus. É pedir ao Senhor que não esteve no início do relacionamento para fazer parte deste grande empreendimento que é a sua casa. É entender que embora as coisas não tenham começado direito, a pessoa que está aí do lado é alguém de quem você precisa, por isso...

3. O projeto de Deus é que o casal veja um ao outro como um presente ofertado por Deus do qual ele precisa (2.20,21)

Em que momento do texto nós vemos o homem pedindo uma esposa? Em nenhum lugar ele esboça com palavras esta petição, mas ele havia sentido a necessidade da esposa.

A mulher que você tem meu irmão é um presente de Deus pra você, e se é dEle então é uma bênção. A família que você tem irmão e irmã é um presente de Deus, então é uma bênção. Deus olhou pro vácuo e viu que precisava de luz, olhou pra terra e viu que precisava de relva, pro mar e viu que precisava de peixe, pro homem e viu que precisava da mulher. Você não pode querer ser aquele machão que age em casa como se não precisasse de ninguém, pois foi Deus que disse que você precisava dessa mulher que está vem te acompanhando durante todos estes anos. Mas você também mulher não pode querer ser independente, como se, por causa do salário que recebe, não precisa mais do marido (Eva estava com o fruto do conhecimento do bem e do mal na mão, acreditando que conquistaria o mundo (afinal, eram estas as promessas da serpente) e não se importou de conversar com o homem para saber o que ele achava, mas comeu)

4. O projeto de Deus é que a família veja sua criação e permanência como uma união espiritual (Gn.2.24)

A família só desliga-se para formar uma nova família (v.24). Essa união é projetada por Deus e que para o casal se concretiza no ato sexual (uma só carne). É por isso irmãos que o relacionamento sexual fora do casamento é abominável pra Deus, por que está fora do seu projeto, pula etapas do seu plano. Dessa relação que não é apenas física, mas espiritual, surgem os filhos como herança e bênção do Senhor.

Mas embora a união encontre seu ápice no relacionamento sexual, o dia-a-dia fortalece esta união; sendo assim temos uma palavra: CUMPLICIDADE.

Homem e mulher estavam nus e não se envergonhavam (v.25). Esta união os fazia desnudar-se completamente diante do outro. A cumplicidade amados denota:

Confiança, credibilidade (não preciso esconder nada de você), medir-se da mesma forma (se é assim que você está então eu também vou ficar). Aquela família, se não fosse o pecado, se desenvolveria assim: não precisava esconder nada um do outro (dinheiro, conversas, sentimentos, Orkut, email). Os pais não precisariam esconder nada dos seus filhos, nem os filhos precisariam que seus quartos fossem vasculhados por seus pais, pois haveria nitidez e transparência no relacionamento com seus pais.

Conclusão

Diante do que falamos, o que tem faltado em seu lar?

Irmãos este é o plano de Deus para sua casa. Que sua família:

1. É parceira de Deus;

2. Que a vida no lar é vida em comunidade verdadeira;

3. Que vocês devem olhar um para o o outro como presente de Deus;

4. E entender que a união familiar é uma união feita por Deus, por isso é espiritual.

SERMÃO - Milagre no Casamento

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Milagre no Casamento

     
 

(Jo 2.:1-11).

Introdução:

A Bíblia narra um milagre extraordinário, operado por Jesus Cristo, nosso Senhor. É o relato de como um casamento foi tocado pelo poder de Deus, e de como o seu casamento poderá ser tocado também!

Este foi o primeiro milagre que Jesus realizou, e não é em vão que tenha acontecido justamente num casamento! As Escrituras dão testemunho através disto, mostrando-nos que antes de Jesus realizar qualquer outro milagre de cura, libertação, etc. está interessado em agir nos casamentos.
A família tem prioridade no plano de Deus, pois Ele não a criou para o fracasso, e sim para ser bem sucedida.
Percebemos também que o milagre ocorrido deu-se em torno de haver ou não VINHO, que na Bíblia é uma figura de alegria (Salmo 104:15). Nos casamentos, o que vemos e ouvimos é que o vinho sempre acaba. Pessoas que viviam embriagadas de amor pelo cônjuge, assistem perplexas seus sentimentos desaparecerem. O matrimônio, de maneira geral está falido, pois o vinho sempre acaba. Mas quando Jesus está presente aí é que se estabelece a diferença! Milagres acontecem e ele traz vinho novo aonde já não mais existia.
Mas perceba que o milagre aconteceu porque Jesus estava lá. Ele e seus discípulos foram convidados para simplesmente estarem nas bodas; não receberam um chamado de última hora só porque os noivos precisavam de um milagre. Ele havia sido chamado para estar junto... E porque estava presente, operou o milagre! De maneira semelhante, se você quer um casamento que dure, que sobreviva à falta do vinho (alegria), convide o Senhor Jesus para estar presente.
Não espere a crise chegar, cultive sempre a presença dele por meio de oração e leitura da Sua Palavra, a Bíblia Sagrada. E não apenas leia, mas pratique a Palavra, pois o milagre acontece aonde há obediência; foi dito aos serventes que fizessem tudo o que Jesus mandasse, e porque fizeram sem questionar se era racional ou não, receberam o milagre.
1. algo essencial para restauração no casamento e a realização de um milagre de Deus é que Jesus esteja no controle;

2. é entender que nós somos participantes na restauração familiAR

3. É ESTAR PRONTO PRA RECEBER A ÁGUA DA PALVAVRA DE DEUS

4. É DESEJAR TESTEMUNHAR (LEVOU ATÉ O MESTRE SALA)

Podemos observar ainda algumas figuras neste texto:
- O número 6
– Havia seis talhas.
Na Bíblia, este número sempre fala de algo que é humano. É chamado número de homem (Ap.13:18). Portanto, percebemos que o milagre não depende só de Deus, mas há uma participação e um fator humano ligado a este milagre no casamento.
- As talhas -

o significado espiritual destas talhas estão apontando para a parte que nos toca no que tange a receber o milagre de Deus.

O seis fala do homem, e aqui entendemos nossa participação no milagre. As talhas eram o recipiente para o vinho que o Senhor Jesus transformaria. Normalmente eram pedras talhadas, cavadas.
Isto sugere o quão duro somos no que tange aos relacionamentos e o quanto precisamos ser trabalhados por Deus em nossa forma de ser e agir no matrimônio. Quanto mais cavados nos deixamos ser pelo agir de Deus, maior será nosso potencial para receber o vinho. Uma pedra pouco cavada, comporta pouco vinho, mas uma pedra bem trabalhada comporta mais vinho!
- A água –
Era a matéria prima necessária para que o milagre pudesse acontecer. Não havia água nas talhas, Jesus foi quem mandou enchê-las. A água simboliza a Palavra e também o Espírito Santo.
Nos lares onde o vinho chega a acabar, e todo o prazer do relacionamento desaparece, temos percebido que além dos erros cometidos na esfera natural, havia também falta de água; não havia o cultivo diário da presença de Deus por sua Palavra (lida e praticada) e a presença viva de seu Espírito.
Creio ser esta a chave do milagre. É importante se deixar ser trabalhado (o que é diferente de ser manipulado pelo cônjuge) na forma de se relacionar, mas se estas talhas não forem cheias da presença de Deus o vinho não aparecerá!
Vale também ressaltar que quanto mais água aqueles servos colocassem nas talhas, mais vinho haveria; ou seja, o milagre de Deus em nosso casamento está diretamente relacionado com o investimento que fazemos em cultivar Sua presença.
O Vinho – O significado do vinho é ALEGRIA
.......................
Finalizando, quero chamar sua atenção para a qualidade do milagre. Jesus deu o que havia de melhor em matéria de vinho, a ponto de o mestre-sala se impressionar e comentar que normalmente se bebe o melhor vinho e, depois de o terem desfrutado, oferece-se o inferior.
Assim é com a maioria dos relacionamentos conjugais; bebem o melhor vinho nos primeiros anos, depois a qualidade cai e assim é até que acabe.
Mas quando Deus faz um milagre, o que se experimenta é algo inédito, muito superior a tudo o que já se experimentou até então. Deus nos dá o melhor, sempre!
Tenho visto isto no dia-a-dia dos casamentos que tenho acompanhado como pastor, portanto sei do que estou falando. Deixe Deus ser não apenas o Criador do matrimônio, mas aquele que oferece toda manutenção necessária. Quando isto acontece, não somente somos beneficiados com um lar melhor, mas Deus recebe glória.
O vinho dos lares cristãos deve ser o da mais alta qualidade...
Se você reconhece que o vinho acabou (ou está quase acabando) em seu matrimônio, creia na vontade de Deus de agir nos casamentos.
Renove o convite ao Senhor Jesus para estar em seu lar, pratique estes princípios espirituais e seja feliz como o Pai Celestial sempre quis que cada casal fosse!

SERMÃO - Salvação: uma dádiva de Deus a ser desenvolvida

Salvação: uma dádiva de Deus a ser desenvolvida

(Fp.2.12-18)

cruz11Introdução

O que deixamos inacabado não tem serventia: Uma casa, um curso, um relacionamento, uma jornada, uma frase, um bolo, um corte de cabelo. O que fica pela metade não cumpre o seu propósito. Não é diferente com a nossa salvação?

O apóstolo Paulo diz aos crentes de Filipos: Desenvolvam a salvação de vocês! Algumas exortações de Paulo mostram que aqueles crentes haviam deixado de crescer espiritualmente:

- O amor havia esfriado - 1.9: Que o vosso amor aumente mais e mais em pleno conhecimento e toda percepção.

- Precisavam de cuidados especiais - 1.24: Mas por vossa causa é mais necessário que eu permaneça na carne.

- Viviam indignos diante do evangelho - 1.27: Vivei acima de tudo por modo digno do evangelho de Cristo...

- Estavam com medo do diabo - 1.28: ... e que em nada estais intimidados pelo adversário.

- Não tinham a mesma visão de reino - 2.1: Pensem a mesma coisa, tenham o mesmo amor, sejam unidos em uma só alma, tenham o mesmo sentimento.

- Tornaram-se orgulhosos - 2.5: Tenham o mesmo sentimento que houve em Cristo Jesus...

- Viviam entristecidos - 3.1: Quanto ao mais irmãos meus, alegrai-vos no Senhor.

- Alguns corriam o perigo de desviar-se - 4.1: Permanecei firmes no Senhor.

- Preocupados demais - 4.6: Não andeis ansiosos de coisa alguma, antes sejam conhecidas diante de Deus as vossas petições...

- Recebiam ataques da carne e do diabo em suas mentes - 4.8: Finalmente irmãos tudo que é verdadeiro, tudo que é responsável, tudo que é justo, tudo que é puro, tudo que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento.

Conheço vários crentes que iniciaram com fervor a sua salvação, crescendo espiritualmente, mas por falta de alimentação de boa qualidade (Palavra, oração, vida com Deus) e por falta de bons ajudadores (os crentes para apoiá-lo, o Espírito Santo), pararam no meio do caminho no desenvolvimento de sua vida cristã.

O texto que lemos é uma seta indicadora para o nosso crescimento e apresenta respostas para perguntas importantes a respeito do desenvolvimento da nossa salvação. É um texto para conversarmos com ele:

1. Em que condição devemos crescer? (v.12)

COM TEMOR E TREMOR – Uma ansiedade trêmula diante do fato de que estamos debaixo do olhar de Deus. Não há crescimento espiritual se procuramos ser fiéis por causa do pastor, do ministério do irmão que é meu vizinho. A condição para o crescimento não é a fita métrica daqueles que me medirão, mas o temor e tremor do Senhor.

2. Com quem contaremos para desenvolver a nossa salvação? (v.13)

COM O SENHOR - É Ele que efetua em nós o querer e o realizar, segundo a sua boa vontade. Não podemos confiar em nossa própria energia para desenvolvermos nossa vida espiritual. Quando os fariseus resolveram fazer isso começaram um vôo em queda livre. Só o Senhor tem os instrumentos certos para nos fazer crescer.

3. O que devemos evitar para não paralisar o desenvolvimento? (v.14)

SEM MURMURAÇÕES - Você já viu algum resmungão fazer um bom trabalho? Já viu alguém que reclama de tudo ser bem sucedido na sua profissão? Não crescemos espiritualmente quando nossos olhos só vêem os males que existem em nós e nos outros. Os israelitas que saíram do Egito não entraram na terra prometida por que murmuraram contra o Senhor. Adoraram um ídolo apenas uma vez, mas murmuram durante toda a jornada.

SEM CONTENDAS – Não há crescimento espiritual se o corpo de Cristo está dividido, vive em contendas. Um corpo que tem os seus membros crescendo em desigualdade transforma-se num corpo deformado. Se na igreja de Cristo há contendas, teremos o corpo de Cristo deformado.

4. Qual o objetivo do desenvolvimento a nossa salvação? (v.15,16)

Para que sejamos luz (v.15);

Para que a Palavra da vida seja preservada (A Palavra é uma fonte inesgotável). Se nossa vida está seca dela, seremos como odres que ficam envelhecidos e se rompem. Não conseguiremos reter a Palavra da vida.

Para que tenhamos o acesso às mansões celestiais. No céu não teremos crentes nanicos. Só entrarão os gigantes espirituais. Aqueles que desenvolveram a sua fé. (Já olhou para Hb.11?)

5. A que custo precisamos desenvolvê-la?

Mesmo que eu seja oferecido por libação (o sangue derramado sobre o sacrifício). Paulo dizia poder custar até a própria vida. Não tem negociação para parar o crescimento espiritual.

Conclusão

Os irmãos de Filipos tinham várias qualidades: Eram cooperadores do evangelho (1.5); eram obedientes (2.12); havia pessoas esforçadas na obra (4.3); ofertavam com liberalidade (4.14), mas os seus méritos não fizeram com que Paulo dissesse: “Vocês já estão muito bem, não precisam crescer”.

Irmãos, sei que vocês tem dons e talentos notáveis, tem qualidades especiais, mas não pode achar que já recebeu tudo dos tesouros de Cristo e que já está maduro demais. O Senhor espera que nossa salvação continue sendo desenvolvida, que descubramos a cada momento as maravilhas do conhecimento do Senhor e assim a salvação que um dia recebemos do Senhor seja ampliada e desenvolvia com a preciosa cooperação do Senhor.

SERMÃO - Festa dos Tabernáculos: O propósito de Deus para nossa casa

Festa dos Tabernáculos: O propósito de Deus para nossa casa

Lv.23.33-43

tabernaculo300x300_01 Introdução

De acordo com o calendário eclesiástico dos hebreus, nesses dias eles estariam celebrando a festa dos tabernáculos. Nessa ocasião os israelitas deveriam viver durante sete dias (de 15 a 22 do mês de tisri) em tendas feitas de ramos de palmeiras, árvores frondosas e salgueiros. Esta atitude tinha um significado especial:

- as árvores que deveriam ser usadas para construir as tendas e representavam o tempo de servidão no Egito;

- as tendas lembrariam o período em que viveram dessa forma no deserto.

O que me chama a atenção irmãos é não é exatamente os elementos simbólicos da festa dos tabernáculos, mas o clima em que ela deveria ser celebrada que expressa o ideal de Deus para as famílias do seu povo.

Deus tinha um ideal em meio a todo o sofrimento do seu povo na saída do Egito e no caminho do deserto ele revela agora, enquanto ainda estavam no deserto, como estímulo à fé. Se você junto com sua família está atravessando o deserto, descubra por meio da festa dos tabernáculos qual o ideal de Deus para a sua casa:

1. Deus espera que sua casa seja completamente dEle (v.37,38)

Ofertas queimadas, holocausto, manjares, sacrifícios e libações. As ofertas eram símbolos de entrega total ao Senhor e de declaração de que tudo pertence a Ele (Jó com seus filhos).

2. Deus espera que haja descanso em sua família (v.39)

Na festa dos tabernáculos deveria haver descanso solene. As pessoas não deveriam estar envolvidas com suas lutas afazeres, preocupações e tribulações. Deus espera que você viva em descanso (Ex.Os juízes). O problema é que às vezes nós procuramos problemas para nossas próprias famílias (Rebeca) e perdemos o descanso, a tranqüilidade.

3. Deus deseja que sua casa seja cheia de alegria e gratidão (v.40)

Deveriam pegar ramos e frutos que lembrassem o tempo no Egito e no deserto. A gratidão produz alegria. Os salmos nos convidam constantemente a estar gratos e alegres perante o Senhor.

4. Deus espera que sua casa seja um lugar de celebração (v.41)

Celebração lembra os momentos de culto, de louvor a Deus. Nossa casa deve ser semelhante ao tabernáculo onde ficava a arca no deserto, um lugar da manifestação da glória de Deus, mas pra isso ela deveria ser santificada.

Conclusão

Essas festas foram promulgadas e ensinadas pelo Senhor quando o povo ainda estava suando no deserto em meio a escorpiões e bandidos, mas Deus estava dizendo ao povo: Vocês ainda chegarão a cumprir o que eu idealizei para as suas casas.

SERMÃO - Cristo, a verdadeira razão para a fé

CRISTO

Cristo, a verdadeira razão para a fé

Hb.12.1-3

Introdução

Pra tudo aquilo que vamos fazer precisamos de uma razão, um motivo:

- Precisamos de razão para comer frutas e verduras; - Para fazer academia; - Precisamos de razão para casar com fulano e não com sicrano; - Precisamos de razão para acordar cedo ou tarde; - Queremos encontrar razão para morar neste ou naquele lugar.

Sabemos que se tomarmos decisões a partir das razões erradas sofreremos conseqüências suaves ou sérias (Ex.Razões erradas: Invasão ao Iraque, Caim e seu sacrifício, Judas seguindo a Cristo).

Quando falamos da nossa fé, a sua razão não pode ser outra, o motivo pelo qual nós a abraçamos não pode ser outro se não, CRISTO. Os bons sentimentos, a amizade, o fato de a igreja ser agradável não é razão para abraçarmos e mantermos a fé; qualquer motivo estará errado e fadado ao fracasso se a sua resposta não for Cristo.

Por que viver em santidade? Não é pra receber mais poder, mas por causa de Cristo. Por que valorizar a vida? Por causa de Cristo. Por que ajudar a alguém? Por uma questão filantrópica? Não, mas por causa de Cristo. Por que ser um bom filho, ou pai, ou mãe? Para ganhar a aprovação da minha família? Não, mas por causa de Cristo. Por que ser um crente fiel? Pelo medo de ir para o inferno, não, mas por causa de Cristo. Por que vir para o culto domingo ou na semana? Para um encontro, não, mas por CRISTO. Qualquer outro motivo, por mais forte que pareça não nos manterá na estrada da fé, nem nos aperfeiçoará.

O escritor aos Hebreus diz que devemos olhar para Jesus, AUTOR e CONSUMADOR da FÉ (v.2). O motivo de muitos crentes se sentirem enfraquecidos é por que passaram a viver a fé pelos motivos errados, pararam de olhar para Jesus. A figura utilizada no texto é de uma corrida promovida pelos gregos onde havia toda uma preparação especial: os corredores deveriam treinar muito e despir-se de toda a roupa, pois removeriam todo o peso supérfluo. O atleta deveria correr olhando exclusivamente para frente, para o local de chegada. Havia os torcedores de lado, gritando, mas não era pra lá que deveriam olhar, mas para o alvo, para a linha de chegada.

Somos corredores na jornada da fé e não devemos olhar para outro lugar, mas apenas para Jesus: Não olhe para aqueles que estão à sua volta, dizendo que você não conseguirá, não olhe para o pecado que tenazmente nos assedia (v.1), não perca o alvo, não olhe pro lado, OLHE PARA JESUS. É ele a inspiração da nossa carreira, o poder por trás dos nossos esforços. Crentes que olham para as falhas dos demais, que olham para sua própria justiça, que olha para suas impossibilidades, que vive olhando para o passado tão somente para compará-lo com o presente, perdem a visão do alvo que é Jesus.

Jesus é o autor, é o único que pode gerar e produzir vida espiritual fortalecida, é o único que, como um escritor de uma peça explica os seus detalhes, pode dar razão para a fé. Jesus é o consumador da fé, é seu aperfeiçoador, é o único capaz de levar nossa fé até o fim.

Mas o que faz de Jesus o AUTOR e CONSUMADOR da fé?

1. Ele foi o único optou integralmente por nós (v.2)

O céu com todo o seu esplendor e glória não foi a única coisa que Jesus renunciou, certamente foi a maior, mas aqui na terra ele continuou sua vida de renúncia, optando por nossa salvação e redenção:

- Renunciou a vida tranqüila de um carpinteiro com sua família; - Renunciou o louvor de todo o Israel e sua realeza; - Renunciou a amizade dos seus discípulos; - Renunciou todos os reinos da terra sem a necessidade do sofrimento; - Renunciou a liberdade que Pilatos lhe ofereceu; - Renunciou a ajuda dos anjos de Deus na hora de maior dor.

Pelas renúncias que fez na vida, para não se desviar do seu propósito, Jesus tornou-se o autor e consumador da nossa fé.

2. Ele foi o único que abraçou a cruz como símbolo de amor (v.2)

Jesus não viveu uma renúncia passiva, mas ele abraçou a cruz para que pudéssemos ser redimidos. A bíblia diz que ele não fez caso da ignomínia. Ele não olhou para as humilhações e sofrimentos que a cruz lhe causaria, mas para o que ela produziria: a salvação de todos os que estariam dispostos a crer. Ele suportou a cruz, e quando o texto fala sobre isso está dizendo que:

Ele andou em torno de 2 km carregando uma cruz que pesava em torno de 30 kg, MAS ELE OLHAVA PARA O ALVO, A NOSSA SALVAÇÃO, suportou a maldição do madeiro, o abandono dos seus discípulos e amigos, a humilhação do povo, dos romanos e sacerdotes, morreu da maneira mais vergonhosa possível, MAS ELE CONTINUAVA OLHANDO PARA O ALVO, A NOSSA REDENÇÃO, foram colocados pregos de 15 a 20 cm de tamanho e 6 cm de espessura em suas mãos. Ficou 3 horas crucificado, dependurado na cruz com dificuldade de respirar, foi humilhado e desafiado quando ainda estava na cruz, MAS ELE CONTINUAVA OLHANDO PARA O ALVO, A NOSSA SALVAÇÃO.

Jesus é o pioneiro (autor) da nossa fé e seu aperfeiçoador (consumador) por que ele não deixou de olhar para o alvo.

3. Ele é o único que está sentado à direita de Deus (v.2)

O termo grego indica que ele assentou e continua assentado à direita de Deus. Era um lugar que já lhe pertencia, mas agora lhe pertence duplamente: Por ser o Senhor e por ter conquistado através da cruz. É de lá que ele:

- Enviou o Espírito Santo; - Dá autoridade aos seus servos (Mc.16.19); - Intercede por nós; - Vê o nosso sofrimento (At.7.55 - Ex. Estevão); - É lá que ele mostra autoridade sobre todo principado e potestade (Ef.1.20)

Conclusão

Como afirma o v.3: Considerem atentamente... Para que não vos fatigueis. Paulo dizia: Tendo este ministério... não desfalecemos. Haverá uma ocasião especial em que Jesus sairá do trono: Quando vier para buscar os que não deixaram de olhar ele, Autor e Consumador da fé.

Wednesday, March 31, 2010

AS SEIS VESTES DE JESUS

Há algum tempo visitei o Wartburg, o castelo onde Lutero traduziu a Bíblia. Há muitas coisas interessantes para ver ali – além da sala onde Lutero trabalhou. Por exemplo, nas paredes há retratos de todo tipo. Chama a atenção que as mulheres se apresentam em seus melhores trajes. E os homens usam vestimentas ricamente enfeitadas com medalhas, ou então magníficos uniformes ou armaduras. As pessoas faziam-se retratar em toda a sua dignidade, principesca ou real.

Diz o ditado popular: “O hábito faz o monge”. De fato, muitas vezes as roupas dizem algo a respeito do caráter de uma pessoa, suas idiossincrasias ou preferências. É bem verdade que há pessoas ricas e influentes que se vestem de forma simples, mesmo que os tecidos que usam sejam muito caros. Assim, uma simples olhada de relance realmente pode dar uma impressão errada.

As estrelas e celebridades da nossa época normalmente não poupam esforços nem dinheiro a fim de se apresentarem com as melhores e mais chamativas roupas, apenas para continuarem in e para que se fale delas.

Como o Senhor Jesus, o Rei dos reis e Senhor do senhores, estava vestido no dia de Sua morte (crucificação)? Ele usou seis vestimentas diferentes. Em minha opinião, Deus quer nos transmitir uma mensagem por meio delas. Vamos analisá-las uma a uma.

A roupa resplandecente



As estrelas e celebridades da nossa época normalmente não poupam esforços nem dinheiro a fim de se apresentarem com as melhores e mais chamativas roupas, apenas para continuarem in e para que se fale delas.

Quando Pôncio Pilatos descobriu que Jesus era da Galiléia, e que Herodes, cujo domínio incluía a Galiléia, estava em Jerusalém naquele momento, ele enviou o Senhor até Herodes (Lc 23.6-7). Fazia tempo que este desejava ver um sinal milagroso realizado por Jesus. Mas como o Senhor não respondeu às suas perguntas (v.9) nem realizou milagres, o aparente interesse por Jesus imediatamente se transformou em zombaria e gozação: “E Herodes, com os seus soldados, desprezou-o, e, escarnecendo dele, vestiu-o de uma roupa resplandecente, e tornou a enviá-lo a Pilatos” (v.11, RC). Outras traduções chamam esta roupa de “manto esplêndido”, “manto branco” ou “manto real”.

É óbvio que Herodes queria usar isso para expor a reivindicação da realeza de Jesus ao deboche público. Pois, pouco antes Jesus tinha respondido à pergunta de Pilatos: “És tu o rei dos judeus?” com “Tu o dizes” (v.3). Todo o Sinédrio reunido naquele lugar tinha escutado essas palavras, e os mesmos homens agora acusavam Jesus diante de Herodes, com certeza também pela Sua reivindicação de ser o Rei dos judeus (cf. Lc 23.3,10).

Com esta roupa resplandecente que Herodes tinha mandado que vestissem em Jesus, ele O tinha exposto à zombaria das pessoas. Elas zombavam dEle por causa daquilo que Jesus realmente era: o Rei dos judeus; a verdade absoluta e comprovada a respeito de Jesus foi debochada.

Algo muito parecido acontece hoje: inúmeras publicações sobre Jesus arrastam a verdade a respeito de Sua Pessoa na lama. Nenhuma outra religião é tão vilipendiada quanto o verdadeiro cristianismo, pois a mensagem do Evangelho de Jesus Cristo que ela prega é a verdade. Por trás disso está o pai da mentira, o diabo (Jo 8.44), que combate essa verdade com todos os meios de que dispõe.



Inúmeras publicações sobre Jesus arrastam a verdade a respeito de Sua Pessoa na lama. Nenhuma outra religião é tão vilipendiada quanto o verdadeiro cristianismo.

A roupa resplandecente colocada sobre Jesus também significa que o Senhor tomou sobre si todos os pecados, mesmo aqueles que o ser humano tanto gosta de usar, mas que não o fazem feliz: roupas maravilhosas, esplêndidas, e jóias preciosas. Os homens gostam de se apresentar com elas, mas, na maioria das vezes, por baixo só estão escondidos egoísmo, orgulho e uma ambição ilimitada.

A “roupa resplandecente” dos homens tenciona esconder a sua miséria e natureza pecaminosa, o “manto branco” precisa ocultar a hipocrisia, o “manto esplêndido” tenta neutralizar o mau cheiro da debilidade humana e o “manto real” procura testemunhar imortalidade, mesmo que o ser humano seja totalmente mortal.

Jesus vestiu, tomou sobre si e carregou tudo isso. Agora Ele transforma qualquer pessoa que crê nEle em “rei e sacerdote” (cf. Ap 1.5-6).

O manto escarlate

Depois que Pilatos tinha mandado açoitar Jesus (Mt 27.26), o texto continua: “Logo a seguir, os soldados do governador, levando Jesus para o pretório, reuniram em torno dele toda a coorte. Despojando-o das vestes, cobriram-no com um manto escarlate” (vv. 27-28). Outras traduções falam em “manto de púrpura”, “capa de soldado púrpura” ou “manto vermelho”. Tratava-se de uma capa vermelha do tipo usado por soldados. Foi uma capa dessas que colocaram nos ombros de Jesus.

Sem saber, em seu deboche e zombaria os soldados fizeram algo cujo significado mais profundo indica o motivo do sacrifício de Jesus. Afinal, o “manto vermelho” ou “escarlate” nos lembra todo aquele sangue derramado sobre a terra, as incontáveis guerras e as muitas vítimas inocentes. Ele proclama que o homem não se entende com seu próximo, que há apenas brigas entre eles. Ele nos lembra assaltos, violência, poder desmedido e injustiça, assassinatos e homicídios e o espírito assassino inventivo da humanidade. Ele nos lembra as grandes guerras (entre os povos) e as pequenas guerras (nas famílias, entre vizinhos, etc.).

O “manto escarlate” do soldado representa ódio e vingança, retaliação, busca por poder e exercício da tirania. Mas ele também expressa que o homem não vale nada para os outros homens. Esse “manto vermelho do soldado” deveria estar sempre diante dos nossos olhos.



O “manto vermelho” proclama que o homem não se entende com seu próximo, que há apenas brigas entre eles. Ele nos lembra assaltos, violência, poder desmedido e injustiça, assassinatos e homicídios e o espírito assassino inventivo da humanidade.

Jesus quis tomar nossa culpa sobre si de forma voluntária, e fez isso de forma conseqüente. Essa era a Sua missão, a Sua tarefa. Jesus tomou sobre si a culpa de todas as discórdias do relacionamento humano, todo ódio e todo assassinato: esta é a verdade ilustrada pelo “manto vermelho do soldado”, que Ele permitiu que fosse colocado em Seus ombros.

Suas próprias roupas

“E, depois de o haverem escarnecido, tiraram-lhe a capa, vestiram-lhe as suas vestes e o levaram para ser crucificado” (Mt 27.31, ACF).

As roupas de Jesus eram feitas por mãos de homem, para serem usadas por homens; eram de material terreno. Jesus usou essas roupas durante a Sua vida.

Sendo Deus, Ele vestiu essa “roupa” para se tornar completamente homem. Ele praticamente “vestiu nossa pele” e assumiu humanidade completa.

E como Jesus usou essas roupas feitas por homens, elas também realizaram milagres. Uma mulher tocou a bainha da Sua roupa e imediatamente ficou curada (Mc 5.25ss.).

As roupas de Jesus indicam que Ele se tornou homem, e nos ensinam que Ele quer tornar a nossa humanidade completa. E quando nós O convidamos a preencher nossa humanidade, Cristo, a esperança da glória (Cl 1.27), vive em nós.

Suas roupas se transformaram em símbolo da redenção, pois quatro soldados as tomaram e dividiram entre si (Jo 19.23). As roupas de um condenado à cruz eram despojos dos carrascos. Assim, as roupas de Jesus, crucificado vicariamente pela nossa culpa, transformaram-se em “vestes de salvação” para nós (Is 61.10).

Tiraram dele a “capa” e “vestiram-lhe as suas vestes”. Jesus não era nem como Herodes (manto esplêndido) nem como os soldados (capa). Ele os usou e depois foi despido delas. Mas Ele continuou sendo verdadeiro homem.

A túnica

“Os soldados, pois, quando crucificaram Jesus, tomaram-lhe as vestes e fizeram quatro partes, para cada soldado uma parte; e pegaram também a túnica. A túnica, porém, era sem costura, toda tecida de alto a baixo. Disseram, pois, uns aos outros: Não a rasguemos, mas lancemos sortes sobre ela para ver a quem caberá – para se cumprir a Escritura: Repartiram entre si as minhas vestes e sobre a minha túnica lançaram sortes. Assim, pois, o fizeram os soldados” (Jo 19.23-24).



A túnica de Jesus não tinha costuras. O sacerdócio de Jesus é indivisível, não há nenhuma costura que possa ser desfeita, ele é uma unidade.

O texto diz expressamente que essa túnica tinha sido tecida sem usar qualquer costura. As roupas do sumo sacerdote também eram feitas dessa forma: “Farás também a sobrepeliz da estola sacerdotal toda de estofo azul. No meio dela, haverá uma abertura para a cabeça; será debruada essa abertura, como a abertura de uma saia de malha, para que não se rompa” (Êx 28.31-32). A diferença estava no fato de que o sumo sacerdote usava essa peça por cima de todas as outras, e Jesus a usava por baixo. Isso também tem um significado mais profundo: Jesus Cristo é o verdadeiro Sumo Sacerdote, ainda ocultado. Ele veio ao mundo como Filho de Deus e revelou-se como Messias de Israel em Seus atos. Mas era preciso que também ficasse claro que Ele era mais que isso: o eterno Sumo Sacerdote de Seu povo. No fim de Sua vida ficou claro qual era o Seu destino inicial.

O povo celebrou-O como Filho de Davi, louvou-O como Messias e grande Profeta. Contavam com a vitória sobre os romanos e o estabelecimento de um reino messiânico. Mas eles não perceberam que primeiro Jesus teria de morrer pelos pecados dos homens, como o Cordeiro de Deus. Podemos chegar a Ele, o Senhor crucificado e ressuscitado, com toda a nossa culpa. Ele intercede por nós, é nosso Advogado diante do Pai celeste: Seu sacrifício vale perante Deus. Jesus é tudo de que nós precisamos!

A túnica de Jesus não tinha costuras. O sacerdócio de Jesus é indivisível, não há nenhuma costura que possa ser desfeita, ele é uma unidade. Seu sacerdócio não pode ser dividido com Maria, outra assim chamada mediadora, nem com os sacerdotes eclesiásticos, nem com o papa nem com nenhuma outra religião. Somente Ele é o eterno e verdadeiro Sumo Sacerdote, o único Mediador entre Deus e os homens (cf. 1 Tm 2.5-6).

O pano

Como Jesus fora despido de Suas roupas e de Sua túnica, Ele ficou dependurado na cruz coberto apenas por um pano. Estava praticamente nu. O Salmo 22.17-18 O descreve desta forma: “Posso contar todos os meus ossos; eles me estão olhando e encarando em mim. Repartem entre si as minhas vestes e sobre a minha túnica deitam sortes”. Hermann Menge traduziu a última parte do versículo 17 desta forma: “...mas eles olham para mim e se deleitam com a visão”.

A nudez retrata pecado e vergonha. Ela personifica o pecado original. Desde Adão todos nós nascemos em pecado, por isso chegamos ao mundo nus. Em Gênesis 3.7 lemos: “Abriram-se, então, os olhos de ambos; e, percebendo que estavam nus, coseram folhas de figueira e fizeram cintas para si”. Adão disse a Deus: “Ouvi a tua voz no jardim, e, porque estava nu, tive medo, e me escondi” (v.10). E Deus respondeu: “Quem te fez saber que estavas nu? Comeste da árvore de que te ordenei que não comesses?” (v.11).

O primeiro Adão pegou o fruto proibido da árvore, e tornou-se o pecador cuja iniqüidade pesa sobre todos os homens.

O último Adão foi pendurado num madeiro e “feito pecado” (2 Co 5.21). Jesus tomou sobre si a culpa original do pecado a fim de eliminar a culpa do homem. Quem crê em Jesus não tem somente o perdão de seus pecados, mas também do pecado original, no qual todos nós nascemos.

Os lençóis

“Tomaram, pois, o corpo de Jesus e o envolveram em lençóis (de linho) com os aromas, como é de uso entre os judeus na preparação para o sepulcro” (Jo 19.40).

O linho era usado nas vestes sacerdotais (Lv 6.10). Também os tapetes, toalhas e cortinas do tabernáculo eram feitos de linho (Êx 26.1,31,36; cf. também 1 Cr 15.27).

Era costume que os judeus mortos fossem sepultados enrolados em lençóis de linho. Jesus foi “sepultado” como um verdadeiro judeu.

Mais tarde, quando Jesus ressuscitou, o texto diz: “Então, Simão Pedro, seguindo-o, chegou e entrou no sepulcro. Ele também viu os lençóis, e o lenço que estivera sobre a cabeça de Jesus, e que não estava com os lençóis, mas deixado num lugar à parte” (Jo 20.6-7).

Em minha opinião, os lençóis nos lembram as obras da lei, o sacerdócio do Antigo Testamento, o tabernáculo, as leis e prescrições, as obras e os esforços dos judeus que seguiam a lei.

Jesus foi colocado no túmulo envolto em linho, mas na Sua ressurreição Ele deixou os lençóis para trás. Ele cumpriu a lei de forma completa. Ele é o cumprimento da lei (Mt 5.17). Nele qualquer pessoa que Lhe pertença é tornada completa.

Aplicação pessoal

Jesus usou o manto esplêndido de Herodes, o orgulho e a soberba da humanidade sem Deus. O Senhor permitiu que Lhe colocassem o manto vermelho dos soldados, o ódio abismal e a brutalidade do ser humano. Jesus usou Suas próprias roupas: Ele se tornou completamente homem. Ele usou uma túnica sem costuras: Ele é o verdadeiro Sumo Sacerdote. Na cruz Ele foi coberto somente com um pano. Jesus levou não somente os pecados, mas o pecado original. Na morte o Senhor usou os lençóis de linho, depois despidos na ressurreição. Jesus é o cumprimento da lei.

Agora toda pessoa renascida é chamada a despir o velho homem e vestir o novo homem em Cristo: “...[despojai-vos] do velho homem, que se corrompe segundo as concupiscências do engano, e [renovai-vos] no espírito do vosso entendimento, e [revesti-vos] do novo homem, criado segundo Deus, em justiça e retidão procedentes da verdade” (Ef 4.22-24). “...revesti-vos do Senhor Jesus Cristo” (Rm 13.14). (Norbert Lieth - http://www.chamada.com.br)

Publicado anteriormente na revista Chamada da Meia-Noite, março de 2007.