IGREJA PRESBITERIANA INDEPENDENTE DE PENDÊNCIAS


Wednesday, February 02, 2011

Os efeitos do pecado e os efeitos da Graça



  “...Tu, porém, amaste a minha alma


 e a livraste da cova da corrupção,


porque lançaste para trás de Ti


 todos os meus pecados”.


(Isaías, 38. 17b)





Os efeitos
do pecado, por maior que este seja ou aparente, não sobrepujam os efeitos
da Graça perdoadora. Isaías escreveu sobre a alegria de se sentir
perdoado. De alma leve podia então prosseguir, porque o Senhor descartou-lhe o
peso insuportável dos seus pecados... Esta alegria não foi um privilégio apenas
de Isaías; Abrão, Moisés, Jacó, Davi, Salomão, a samaritana, e Pedro - o
covarde traidor a quem incrivelmente o Senhor confiou Sua Igreja, todos pecaram
feio e tiveram motivos de sobra para desistir, mas prosseguiram.


 O fato atual

é que, quando o assunto gira entre pecado e perdão, o legalismo religioso hipócrita
de muitos passa longe do elementar conhecimento do modus operandi de
D-us quanto ao Seu perdão e à legítima oportunidade que dá ao homem para o
recomeço.


 Pecados
arrependidos, confessados e abandonados perdem o efeito espiritual da
culpabilidade, pois são literalmente apagados por D-us, esquecidos. Embora, na
maioria das vezes, o sentimento de culpa persista torturando, dificultando o
perdão pessoal. Às vezes é difícil nos perdoar os pecados perdoados! Difícil
também é a convivência com irmãos e em igrejas, onde impera, mas não se vive, a
teologia do perdão divino...


 Paradoxalmente,
o que deveria funcionar curativamente, na prática age como o pior
algoz. Inconscientemente, talvez não percebamos que essa forma
 de encarar a culpa
nos torna promotores do pecado e o seu estrago, quando deveríamos
promover a Graça e o seu efeito neutralizador sobre o estrago
que o pecado faz.


 É claro que
há conseqüências externas decorrentes das nossas falhas, e é
impossível ignorá-las. Mas estamos falando aqui na eliminação das
conseqüências internas, falando em seguir em frente, pois, isso D-us não faz
por nós. Temos que reagir! Lamentavelmente, muitos têm permitido que pecados
perdoados, espiritualmente inexistentes, os neutralizem por toda vida, vivendo
como sob tortura, uma sub-vida cristã. Isso não é vida, muito menos
cristianismo!


 Para o
verdadeiro cristianismo, o de Cristo,
não o dos fazedores de
regras e caçadores de argueiros
(Mateus 7.5), viver sob a
tortura da culpa é o mesmo que abrir mão da vida, vida cristã... Todo
cristão é filho do Renovo, tem direto a uma nova chance. Não apenas isso
,
tantas quanto forem necessárias....


 Esta palavra
é para que aqueles que aposentaram a vida cristã por não se perdoarem, pelo
peso da consciência ou por imposição institucional religiosa. Se pecaram, e se
arrependeram de verdade, sintam-se perdoados no Senhor e vivam esse perdão!
Ninguém tem autoridade para fazer cessar o frutificar da árvore da Vida em nós.
Ninguém! Somos todos galhos d´Ela, aprendemos isso com Jesus, a Videira.
Portanto, galhos não escolhem frutificar - estão ali para isso!


            O
poeta Thiago de Melo, escreveu: “
Não tenho um novo
caminho, o que tenho de novo é o jeito de caminhar
”. Não temos à frente uma encruzilhada, mas o mesmo caminho a prosseguir.
Desta vez, caminharemos com mais cuidado, e amadurecidos pelas experiências das
velhas caminhadas...





  
Que sirva de bênção, avivamento e renovação!


  
Em Cristo.





                       Rev.
Ricardo César Vasconcelos


                       Igreja Presbiteriana da Penha -RJ

VIVENDO, TESTEMUNHANDO E ANUNCIANDO O EVANGELHO DE CRISTO



VIVENDO, TESTEMUNHANDO E ANUNCIANDO O EVANGELHO DE CRISTO


2 Tm 3. 14-17 e 2 Tm 4. 1-5





Introdução


Estamos enfrentando uma crise muito grande na questão de evangelismo. É triste ver que
não falamos mais de nossa fé aos nossos amigos. Quando muito, nos questionamos
sobre a
necessidade e a real importância de falarmos de Jesus às pessoas que estão perto de nós. Fica a impressão de que não queremos incomodar ninguém com nosso discurso, que temos medo de ser ridículos e, em alguns casos, que até mesmo duvidamos que este evangelho, no qual dizemos crer, possa ser a solução para a vida das pessoas.


Porque não agimos como Pedro, que cheio do Espírito, logo após o Pentecostes, pregou a uma multidão
e 3 mil pessoas se converteram (At
2:41)? Ou como Paulo no Areópago, quando pregava
aos atenienses, mostrou senso de
oportunidade,
sabedoria, e graça (At 17:22-34)?


Por que não falamos? Por que não discutimos sobre nossa fé com a mesma liberdade, tranquilidade,
facilidade e alegria que
conversamos sobre futebol, política, filmes e tantas outras
coisas. O que está acontecendo
com nosso testemunho?


O que falta para nós: convicção no que cremos, ousadia, compromisso, prática? Sim.
Todas essas coisas têm contribuído para "minar" nosso testemunho. Também não podemos esquecer que estamos vivendo em uma sociedade onde não há um padrão oficial e aprovado de crença
ou conduta, não há absolutos e não há certo e errado. Cada um faz a escolha que quiser, em qualquer área de
sua vida e esta escolha não
interessa a mais ninguém.
Portanto, se não há
absolutos, por que testemunhar?
E então, essa
mentalidade prejudica nossa iniciativa.


Passamos a raciocinar assim: se ninguém nos importuna com as suas crenças e filosofias, por que haveríamos de importunar alguém com a nossa? Mas não é isso que a Bíblia nos ensina. Vamos ver o que Ela no diz em 2 Tm 3. 14-17 e 2 Tm 4. 1-5:


II Timóteo 3:14-17


14 - Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste, e de
que foste inteirado, sabendo de quem o tens aprendido,


15 - E que desde a tua meninice sabes as sagradas
Escrituras, que podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em Cristo
Jesus.


16 - Toda a Escritura é divinamente inspirada, e
proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em
justiça;


17 - Para que o homem de Deus seja perfeito, e
perfeitamente instruído para toda a boa obra.


II Timóteo 4:1-5


1 - CONJURO-TE, pois, diante de Deus, e do Senhor Jesus
Cristo, que há de julgar os vivos e os mortos, na sua vinda e no seu reino,


2 - Que pregues a palavra, instes a tempo e fora de
tempo, redarguas, repreendas, exortes, com toda a longanimidade e doutrina.


3 - Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina;
mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas
próprias concupiscências;


4 - E desviarão os ouvidos da verdade, voltando às
fábulas.


5 - Mas tu, sê sóbrio em tudo, sofre as aflições, faze a
obra de um evangelista, cumpre o teu ministério.





"Pregue a mensagem e insista em anunciá-la, seja no
tempo certo ou não. Procure convencer,
repreenda,
anime
e ensine
com toda a paciência"
(2Tm4:2NTLH). Lemos, portanto, a responsabilidade de mostrar que o evangelho não é mais uma escolha dentre tantas outras e seus absolutos
não são apenas mais uma verdade, dentre "todas as verdades".
Mas para agir assim temos de mudar a nossa postura, nossa mentalidade e ter:


1- Compromisso Absoluto com Aquilo que Creio


Fé!
Esta é a maior expressão daquilo que
dizemos crer. Ter compromisso
absoluto com
o
que creio é ter um compromisso de fé! O
capítulo 11 do livro de Hebreus é um
exemplo
disso.
Ali encontramos irmãos como nós,
sujeitos aos mesmos conflitos internos e às mesmas
limitações, mas que mostraram ter um
compromisso de fé no Senhor e isso
fez a
diferença na vida deles.
Vamos destacar Abraão que "...quando posto à prova, ofereceu Isaque...
porque considerou que Deus era poderoso até para ressuscitá-lo dentre os mortos" (Hb l l: 17 e 19), por isso foi chamado "amigo de Deus " (Tg 2:23). Temos também Moisés que "preferindo ser maltratado junto com o povo de Deus a usufruir prazeres transitórios do
pecado... considerou o
opróbrio
de Cristo por maiores riquezas do que os
tesouros do Egito, porque contemplava o galardão... ele abandonou o Egito, não ficando amedrontado com a cólera do rei; antes, permaneceu firme comoquem vê aquele que é invisível"
(Hb l l :25-27).


Isto não
é maravilhoso? E o texto continua assim:
"E que mais direi?
Certamente, me faltará o tempo
necessário para referir o que há a
respeito de
Gideão, de Baraque, de Sansõo, dejefté, de Davi, de Samuel e dos profetas, os quais, por meio da fé, subjugaram reinos, praticaram a justiça, obtiveram promessas, fecharam a boca de leões,
extinguiram a violência do fogo, escaparam ao fio
da espada, da fraqueza
tiraram força,
fizeram-se poderosos
em guerra, puseram em fuga exércitos
de estrangeiros... Alguns foram
torturados, não aceitando seu resgate, para
obterem superior
ressurreição;
outros, por sua vez, passaram pela
prova
de escarnias e açoites, sim, até de algemas e
prisões. Foram apedrejados, provados, serrados pelo meio, mortos a fio de espada; andaram peregrinos, vestidos de peles de ovelhas e de
cabras,
necessitados, afligidos,
maltratados, homens dos
quais o mundo não era digno..."
(Hb l
1:32 a 38). Gente, isto que lemos aqui é, em
sua essência,
compromisso absoluto
com o que creio! Só
assim Deus pode
agir com poder e graça em
nossa
sociedade.


O livro de Atos nos mostra isso quando fala sobre o impacto da fé e do testemunho dos primeiros cristãos, "Estes
que têm transtornado o mundo
chegaram também aqui" (At l 7:6), Ou seja, a fé, as convicções
e o testemunho daqueles irmãos
causaram
um impacto sem precedentes na
sociedade
daquela época.


Mas por que isso não continua a acontecer hoje em dia? Por que
não oferecemos a este mundo
cansado, aflito e faminto a solução que provamos em nossas
próprias vidas? As pessoas estão
vulneráveis, inseguras, sem perspectivas, com os
relacionamentos esfacelados, se sentem
rejeitadas e desamparadas. E nós
temos a
reposta!
Pois, o Evangelho de Cristo oferece
reconciliação com Deus e vida eterna, amor, segurança,
restauração e descanso. Provamos
tudo isto, não é verdade? Por que então não dizemos isso ao
mundo? Por que não
testemunhamos isso com ousadia e poder? Porque falta em
nossas vidas um compromisso
absoluto com o que cremos. Falta um compromisso de fé!


• Sua vida
reflete um compromisso
absoluto de fé com o Senhor?


2 - Compromisso Absoluto com a Vontade do Pai


Para que possamos dar testemunho fiel, é necessário ter
compromisso absoluto com a
vontade do Pai. O que vemos hoje é que a maior parte dos
cristãos não está comprometida com
a vontade do Pai por desconhecê-la, e outros
tantos, por não fazer dela uma prioridade em
suas vidas. Não
podemos esquecer que o maior
exemplo de comprometimento com a vontade do Pai veio de
Jesus. Em Jo 4:34, Ele diz aos Seus
discípulos: "A minha comida consiste em fazer a vontade daquele que me enviou, e realizar a sua obra". Mais tarde, quando se aproximava a Sua morte, em um momento de grande angústia, orou assim ao Pai: "Meu Pai, se não é possível
passar de
mim este cálice sem
que eu o beba, faça-se a tua
vontade"
(Mt
26:42).


E qual é a
vontade do Pai com relação ao
evangelho? Não é "Ide e fazei
discípulos"
(Mt
28:19)? Portanto, a nossa vontade deve estar submetida à
vontade maior do Pai que é "ir".
Paulo retraía
isto muito bem quando diz: "porque
jomais deixei
de
vos
anunciar todo o desígnio de
Deus" (At 20:27) e também tinha a consciência de sua
responsabilidade em não fazê-lo: "Se
anuncio o evangelho,não tenho de que me gloriar, pois sobre mim pesa essa obrigação; porque
ai de
mim
se não pregar o evangelho!" (l Co 9:16).


• A vontade de
Deus deve ser a nossa
busca constante! Você se parece com Jesus? Você
prioriza a sua vontade ou a
vontade dEle?


3 - Compromisso Absolutocom a Realização da Missão


Nós
só poderemos cumprir o propósito de
Deus, se tivermos um compromisso absoluto com a realização da missão. Vemos
isso na vida de Moisés, cuja missão era liderar o povo até a Terra
Prometida: "Vem, agora, e eu te enviarei a Faraó, para que tires o meu
povo, os filhos de Israel,
do
Egito"
(Ex 3:10). Com Paulonão foi diferente. Sua missão
era "Levar o meu nome perante os
gentios e reis, bem como perante os filhos de Israel" (At 9:15) e somente alguém comprometido com a missão poderia estar "em trabalhos,
muito mais;
muito mais em
prisões; em açoites, sem medida;
em
perigos de morte, muitas vezes. Cinco vezes
recebi dos judeus uma quarentena de açoites
menos um;
fui três vezes fustigado com varas; uma vez,
apedrejado; em naufrágio, três vezes; uma noite eum dia passei no voragem do mar; em jornadas,
muitos vezes; em perigos de rios, em perigos de salteadores, em perigos entre patrícios, em
perigos entre gentios, em perigos na cidade, em perigos no
deserto, em
perigos no mar, em perigos entre falsos
irmãos; em
trabalhos e fadigas, em vigílias, muitas
vezes; em fome e sede,
em jejuns, muitas vezes;
em frio e nudez" (2 Co l l :23-27).


E o nosso exemplo maior de comprometimento vem de Jesus. Ele sabia que tinha que morrer na cruz para cumprir o propósito de Deus: "Desde esse tempo,
começou Jesus Cristo a mostrar a seus
discípulos que
lhe era necessário seguir para
Jerusalém e sofrer muitas coisas dos
anciãos, dos
principaissacerdotes
e dos escribas, ser morto e
ressuscitado no terceiro dia" (Mt 16:21), e, apesar de todo o sofrimento e dor, Ele
escolheu cumprir Sua missão.


Ele próprio
nos deixou uma missão, e ela deve
ser o centro de nossa vida. Jesus disse "Ide
e
fazei discípulos" (Mt 28:19). Mas o que vemos é que a missão está sendo relegada a um nível secundário. Se der, falamos! Se der, pregamos! Não há um comprometimento absoluto com a missão e por isso o mundo sofre e perece. É mais do que discutir preferências e escolhas, é proclamar a vida!


Se não entendermos qual é o nosso dever
como Igreja de Jesus, através da operação do Espírito Santo, de ir com a mensagem para sarar, abençoar e assim
transformar o ser humano em sua totalidade,
não cumpriremos a missão de
Deus. "Porqueo nosso evangelho não chegou até vós tão somente em palavra, mas, sobretudo, em poder, no Espírito Santo" (l Ts l :5).


• Você tem um
compromisso absoluto
com a missão? Ela arde em seu coração?


Conclusão


A igreja precisa com urgência assumir o imperativo de
Jesus aos Seus servos: "Ide, fazei
discípulos".Não
se trata de uma opção, mas,
sim, de obediência a uma ordem explícita. Nada, absolutamente
nada deve nos desviar de cumprir esta missão.


Devemos combater todo o pensamento pós-moderno que
afeta a missão da igreja. A
igreja deve
reavaliar seu comportamento e
ver que as
pessoas n
ão
são convencidas da
realidade do amor de Deus unicamente por meio de palavras,
mas através de uma demonstração
diária de que o cristianismo funciona e de que o amor de Deus é
real.


Temos
tr
ês compromissos apresentados


I
- Compromisso Absoluto com aquilo que Creio


II- Compromisso Absoluto com a
Vontade do Pai


III-
Compromisso Absoluto com
ú Realização
da Missão





1.
Temos um supermercado de religi
ões e seitas,
até mesmo no meio evangélico.


2.
"De boas inten
ções o
inferno está cheio".


3.
N
ão basta ter fé, é importante ter fé na
Verdade (quantos têm fé e até dão a vida por Alá).


4.
A base do compromisso est
á em nossas
convicções doutrinárias.


5.
Convic
ção na Palavra do Senhor e no Senhor da
Palavra.


6.
Compartilhe o Evangelho anunciando e vivendo.


7. O Evangelho de Jesus Cristo é transformador, libertador, salvador, perdoador,
resgatador. Não é para ser vendido como um produto de consumo (é pela graça, e
não é produto, é Deus conosco) e nem é mais uma ideia para o mercado religioso,
mas é a solução de Deus (não é mais uma opção) para o hornem pecador-perdido.


• Como Cristo revelou Deus ao mundo, hoje compete à igreja transmitir Cristo ao mundo. Aceite o desafio "Ide, fazei discípulos"!


Vamos anunciar a Verdade! Vamos viver a
Verdade!

SE VOCÊ NÃO PODE MUDAR O MUNDO MUDE O MUNDO EM VOCÊ.



SE VOCÊ NÃO PODE MUDAR O MUNDO MUDE O MUNDO EM VOCÊ.


Rm. 12.1-2





Nos últimos anos o mundo progrediu extraordinariamente. De passivo e estático se transformou em algo extremamente dinâmico; um progresso que revolucionou todos os setores da vida. Porém, com
isso, o homem moderno passou a se julgar um superdeus, não havendo mais sentido para Deus existir.


Amigos e irmãos, o mundo evolui, transforma-se sob todos os aspectos, mas isso não é motivo para negar a grandeza infinita de Deus, que se manifesta em todo o universo e no coração de
cada pessoa, que move seu Espírito continuamente promovendo-nos como pessoas, transformando nossas vidas, ajudando-nos a crescer e a viver para o seu louvor.


O homem, quanto mais corre, quanto mais conquista, mais acumula dores e medos; vive num mundo onde mais se descobrem técnicas, mais se toma inseguro, passageiro; o novo logo já é ultrapassado, e se sobrepõe modismos sobre modismos.


Como cristão, somos resgatados deste mundo que mais parece um torvelinho onde o homem perde o sentido da vida, e recebemos uma nova vida, fruto de um sacrifício de sangue e sustentada pelas
misericórdias de Deus; somos transformados e passamos a fazer parte de um único
povo de Deus. Assim resta-nos louva-lo, dedicar agradecidamente todo o nosso ser
em uma adoração apropriada que é o nosso culto racional, termos uma atitude
mental determinada e remodelada pelo conhecimento do evangelho, mediante o
poder do Espírito, e não pelas modas passageiras desta época.


Como cristãos, somos ainda chamados a ser sal e luz deste mundo, manifestando a glória de Deus e sendo instrumentos de transformação do mundo que nos rodeia e que se perde em sua própria ânsia.
Somos chamados a mostrar o sentido da vida a todos os que não conseguem
encontra-lo.


Mas é preciso tomar cuidado, pois, às vezes, nós também somos vítimas deste mundo
contraditório que distorce o plano de Deus. Temos que não ser tão atrevidos a
dizer que no mundo não há êxitos, nem cegos a ponto de não vermos os fracassos.
Temos que transformar o nosso mundo para sermos capazes de mostrar a humanidade
que ela precisa voltar a origem: Deus. Só assim o mundo caminhará o seu ritmo
normal. Nossa oração precisa ser: Senhor, santificai este meu mundo. Liberta-me
do egoísmo e ensina-me a pensar nos outros, a me indignar com a miséria, a não
me conformar com minha saúde enquanto muitos sentem dor. O mundo chora,
desespera-se, portanto, Senhor, ilumina os meus passos, afim de que o mundo se
torne melhor ao menos um pouco, por que eu passei por ele.

POR UMA ESPERANÇA VIVA



POR UMA ESPERANÇA VIVA


1 Pe 1. 3-15


MENSAGEM PARA DIA 03/01/10








Introdução


Hoje é dia 03 de janeiro de 2010, já se passaram três
dias deste novo ano. Passaram-se as festas e todos se preparam para apagarem as
luzes que eliminavam praças e fachadas. As luzes e as festas sempre ofuscam nossas vidas. Por um instante, por
um breve instante todas as nossas responsabilidades, angústias, medos e
preocupações são esquecidas. Mas já é dia três, tempo de abrir os olhos e ter
que o ano apenas se inicia.


Ano novo é sinônimo de renovo da esperança. Todas as
pessoas colocam no novo ano das suas esperanças de melhorias, de realização de
sonhos, de conquistas. Muitos tentaram na megasena da virada.


Ano novo tempo de esperança. Segundo a definição
filosófica, Esperança é uma
crença emocional na possibilidade de resultados positivos
relacionados com
eventos e circunstâncias da vida pessoal. A esperança requer
uma certa perseverança — i.e., acreditar que algo é possível mesmo quando há
indicações do contrário.


Esta noite irmãos, quero falar de esperança, mas dessa
esperança como uma crença emocional, mas da esperança como realidade, esperança
como tão somente a espera de algo que temos certeza de acontecer; esperança
como plena convicção de que teremos mais do que a dores e tribulações. Uma
esperança que nos leva a louvar e a adorar a Deus.


Leiamos o que a Bíblia diz sobre essa esperança em 1 Pedro 1. 3-15.


Esse trecho da palavra de Deus, escrito pelo apostolo
Pedro, tem como título “Um louvor a Deus por uma Esperança Viva”.


Pedro escreve essa epistola por volta dos anos 60 da
era cristã e é dirigida aos eleitos de Deus, peregrinos dispersos, chamados de
escolhidos por meio do pré-conhecimento de Deus, através da obra santificadora
do Espírito Santo para a obediência a Jesus Cristo. Seu objetivo era encorajar os
cristãos perseguidos e confusos e exortá-los a permanecerem firmes na sua fé. É
muito provável que as tribulações citadas pelo apostolo não se tratasse de uma
perseguição institucional ou oficial, e sim de fatos do cotidiano tais como
processos na justiça, insultos e acusações falsas. Podiam ter ocorridos espancamentos
e violências esporádicas e exclusão social. Talvez problemas familiares e
financeiros. Mas independente de qual perseguição se tratasse a mensagem que
Pedro trazia era de esperança, uma esperança viva!


Talvez a realidade vivida por aqueles cristãos para os
quais Pedro escreve não seja muito diferente da nossa. Vivemos tempos de
angústias e perseguição também, pois qualquer um que busque viver uma fé
legitima se verá sofrendo das mesmas perseguições que aqueles cristãos viviam.


Quantas igrejas já não foram processadas simplesmente
por estarem cultuando a Deus. Quantos de nós já não fomos excluídos por
professarmos a fé evangélica. Quantos já não fomos agredidos, caluniados e
apontados por sermos cristão.


E mais, estamos confusos como aqueles cristãos. Às
vezes parece que não sabemos em quem realmente cremos; em que está depositada a
nossa fé. Muitas vezes confiamos em homens ou dinheiro. Muitas vezes seguimos
ventos de doutrina que nos oferece um deus de barganha. Estamos confusos,
ofuscados pelos milagres e prosperidade financeira e não conseguimos enxergar
que somos imitadores de Cristo.


A mensagem de Pedro é para nosso tempo também. É para
nós que também somos escolhidos de Deus, santificados pelo Espírito para servir
e Cristo. A mensagem de Pedro vem a nós para renovarmos a nossa esperança, uma
Esperança Viva e é nela que vamos refletir nessa noite.





Uma esperança
viva para uma herança incorruptível





Em primeiro lugar, Pedro louva a Deus por uma
esperança viva que não é só uma crença emocional. A esperança viva de Pedro ele
louva a Deus por sua grande misericórdia por nós. Uma misericórdia que nos
regenerou através do sacrifício de Cristo na cruz do Calvário, para que pudéssemos
ter uma esperança viva por meio da sua ressurreição dentre os mortos. E mais,
uma esperança viva que teremos por causa de Cristo uma herança que jamais
poderá perecer.


Podemos renovar nossas esperanças para 2010 não porque
esperamos que o impossível aconteça, mas por que ele já aconteceu na cruz.
Podemos renovar as nossas esperança para 2010 não pelas promessas de que Deus
nos dará ouro e prata, mas porque já temos uma herança muito mais valiosa do
que qualquer dessas coisas; uma herança imaculada, que não pode se gastar,
guardada no céu para todos nós. Podemos renovar as nossas esperanças para 2010
não porque todos os nossos problemas vão desaparecer, mas porque temos uma
herança guardada por Deus até chegar à salvação preste a ser revelada nos
últimos tempos. É nessa esperança viva que devemos depositar nossas expectativas!


É por tudo isso que o apóstolo Pedro glorificar a Deus
e nós, assim como ele, também devemos glorificar a Deus. O apóstolo diz que é
nisto que devemos glorificar e exultar, ainda que agora, por pouco tempo,
devamos estar entristecidos por todo tipo de provação.


Mais ainda ele diz no versículo 07 que assim acontece
para que possamos saber, para que fique comprovado que a nossa fé vale muito
mais do que ouro refinado pelo fogo, pois ela é genuína e resultará em louvor, glória
e honra quando Cristo for revelado.


Desse modo irmãos, devemos depositar a nossa esperança
não naquilo que perece, mas naquilo que permanece para sempre.





Uma esperança
viva para uma fé legítima





No versículo 07 o apóstolo que a fé, a genuína fé vale
mais do que ouro e que resultará em louvor, glória e honra.


Em segundo lugar, neste ano de 2010 devemos renovar a
nossa esperança na certeza de que Cristo morreu para nos dá salvação de nossas
almas. Mas essa esperança só pode ser realmente real quando tivermos uma fé
legítima. Uma fé genuína que nos leva a amar a Cristo de uma maneira que supere
o amor a qualquer coisa deste mundo. Só uma fé genuína nos fará amar a Cristo
dessa forma.


Uma esperança viva para uma fé legítima é o que
devemos buscar para esse ano de 2010. Uma fé que nos faça crer na existência de
Cristo, em Sua obra redentora e, por isso, adorá-lo e exultar com alegria
indizível e gloriosa.


Devemos renovar a nossa esperança viva por meio da
ressurreição de Cristo porque, pela nossa fé legítima, estamos alcançando o
alvo que é a salvação de nossas almas. Devemos renovar a nossa esperança viva
porque a tão grande salvação pela graça da qual falavam os profetas do Antigo
Testamento está sobre nós através do sofrimento de Cristo, porque assim como
ele ressuscitou dos mortos nós também seremos ressuscitados, se Ele não voltar
quando ainda estivermos vivos. Devemos renovar a nossa esperança viva porque
cremos que Cristo voltará com poder e grande glória. Devemos renovar nossa
esperança viva porque a nos foi pregado o evangelho da salvação. Devemos
renovar a nossa esperança viva porque em nós foi plantada uma fé que é mais do
que uma crença, é a absoluta certeza das coisas que não se podem ver. Devemos
renovar a nossa esperança viva porque cremos que Cristo virá nos buscar para
desfrutarmos da herança que nos espera no céu, guardada por Deus.


É por tudo isso que devemos renovar as nossas
esperanças e nos alegrarmos e exultarmos, e glorificarmos a Deus por essa
esperança viva que eles nos deu através de Cristo.


Uma esperança
viva para a santidade





Em terceiro lugar devemos renovar nossa esperança viva
na busca pela santidade.


Nos versículos 13, 14 e 15, o apóstolo Pedro nos
exorta a estar com nossas mentes preparadas, sempre prontos a agir e alertas,
colocando toda a nossa esperança na graça que Jesus nos dará quando for
revelado.


Exorta-nos a sermos como filhos obedientes, que não
nos deixemos tomar a forma deste mundo. Pelo contrário, Pedro nos convoca a
sermos santos como santo é aquele que nos chamou.


Em diversos momentos a bíblia nos chama atenção nesse
detalhe da nossa vida cristã. Portanto se faz necessário que a nossa esperança
via esteja alicerçada sobre a firma rocha da santidade, pois sem ela é
impossível agradar a Deus.


De nada adianta colocarmos nossa esperança nos
tesouros celestiais e na salvação de nossa alma se não tivermos uma vida
separada, santa diante dos olhos de Deus. O apóstolo nos alerta a estarmos
sempre atentos, prontos a agir contra o pecado que insiste em tomar o lugar de
Cristo em nossas vidas. Ele também nos manda a estarmos com a mente pronta e
como estaremos com a mente pronta se não nos dedicarmos ao estudo e meditação
na palavra de Deus. A Palavra de Deus é a luz que ilumina nossos passos na
caminhada cristã e que nos tira toda a dúvida. Sem ela não podemos alcançar a
fé necessária.


Logo, devemos renovar a nossa esperança naquilo que
nos leva a santidade que é a transformação de nossas mentes que nos fará
experimentar qual seja a boa, perfeita e agradável vontade de Deus para as
nossas vidas. Devemos renovar nossas esperanças para 2010 em oferecer nossos
corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus que é o nosso culto
racional, como diz Paulo em Romanos.





Conclusão





Foi essa a mensagem de Pedro, o apóstolo da esperança,
logo no inicio da sua epístola. Foi para os cristãos do seu tempo e é para
nosso tempo também. É para nós que também somos escolhidos de Deus,
santificados pelo Espírito para servir e Cristo. Portanto, irmãos, diante do
que expomos nessa reflexão só nos resta chegar à mesma conclusão que Pedro
chegou ao escrever a sua epístola: Lancem sobre Deus todas as vossas ansiedade,
porque ele cuida de vocês. Coloquem em Cristo toda a vossa esperança porque Ele
não falha. Estejam alertas e vigiem; permaneçam firmes na fé, poi9s as
atribulações que vocês passam outros já passaram e muitos passam, mas Cristo é
fiel para cumprir o que prometeu.


Essa mensagem de Pedro vem a nós para renovarmos a
nossa esperança diante de tantas angústias, medos e preocupação. Uma Esperança
Viva que nos dá a certeza que as tribulações logo passarão e que teremos uma
vida eterna gozado dos tesouros celestiais que Jesus nos proporciona como
herança imaculada. Uma Esperança Viva que nos leva a adorar a Deus, celebrar o
seu nome, exultar de alegria por sua graça em nossas vidas, por sua
misericórdia derramada sobre nós. Uma Esperança Viva que nos faz contar a
Vitória Final antes mesmo de acontecer porque essa esperança nos leva a crer,
através da genuína fé que há em nós, que


Quando, enfim,
chegar o dia


Da vitória do
meu Rei


Pela Sua imensa
graça, lá estarei.





Louvado seja o Senhor
para todo o Sempre por essa esperança que coloca em nossas vidas.


Que Deus abençoe a
todos!