João 14.1-6, 15-18
INTRODUÇÃO
Quando falamos de missões muitas vezes nos referimos ao cumprir o chamado de Deus, ao mandamento de Cristo em Mateus 28; outras vezes enfatizamos o trinômio orar-contribuir-ir; lembramos-nos da disposição de Isaías (eis–me aqui Senhor). Citamos dezenas de textos a esse respeito. Há ainda um infindável número de publicações (jornais, revistas e livros) contando a história, ensinando técnicas e métodos.
Mas, essa noite não quero tratar sobre nada disso especificamente. Quero na verdade falar das promessas de Cristo para o seu povo e como isso reflete na nossa vida como cristão e missionários. Quero tratar das promessas de Jesus, palavras que trouxeram conforto e fortalecimento aos discípulos. Promessas que devem nos inspirar a fazer missões, pregar o Evangelho de Cristo.
O texto que leremos se encontra e João capítulo 14, nos versículos 1 ao 6 e depois do 15 ao 18. Esse texto é o início do discurso de despedida de Jesus. Este, diante de seu maior sofrimento, às vésperas da sua morte na cruz, discursa em fortalecimento aos apóstolos e profere promessas maravilhosas para eles. Nas suas palavras se encontram alguns versículos mais conhecidos do cristianismo e revelam verdades fundamentais do agir de Cristo com relação à humanidade.
Leiamos todos. (Jo 14.1-6, 15-18)
“VOU PREPARAR-LHES LUGAR...” (VER. 2b)
A primeira promessa de Jesus neste texto é a de que o mesmo iria para o céu prepara um lugar para cada um de nós. Ele morreria numa cruz para nos salvar e, ressurreto, voltaria para o céu, lugar de muitas moradas, e lá prepararia um lugar para nós. E isso assim se deu!
Como cristão temos certeza de uma morada celeste, e essa certeza se torna um forte motivo missionário, tanto de gratidão a Deus pela mesma como para ver o resto da humanidade nessas moradas. Como igreja de Cristo, portadora de sua palavra, temos que anunciar essa verdade. É missão da igreja falar dessa morada celeste, e mais, da vida eterna que vem junto com ela. Pregar essa palavra é também anunciar uma outra promessa: a de que todo aquele que nele crê terá a vida eterna, isso não vem de homens nem de denominações eclesiásticas, é Dom de Deus, anunciado pelo seu filho Jesus. A igreja precisa proclamar essa promessa.
Porém, essa promessa não vem isenta de responsabilidade. Antes e anunciar essa promessa maravilhosa, Cristo disse: “Creiam em Deus, creiam também em mim.” É uma necessidade crer em Deus e no seu filho. Sem fé nele nada é possível. Chegar ao céu passa por crer em Jesus como o único capaz. É necessário amar e seguir a Cristo como o único caminho.
“Na casa de meu pai há muitas moradas”, diz a promessa, mas o caminho de chegar a esses aposentos é estreito e a porta apertada. “eu vou preparar-lhes lugar”, completa a promessa. Mas para chegar até lá é preciso seguir o caminho, e Cristo é o caminho; é preciso ver a verdade, e Cristo é a verdade; é preciso nascer de novo, e Cristo é a nova vida. Você crê nisso? Enquanto igreja, estamos entendendo a Missão como anúncio dessa promessa?
“E LHES DARÁ OUTRO CONSELHEIRO...” ( ver. 16)
Cristo vai nos preparar lugar, mas não nos deixa desamparados. “E eu pedirei ao pai e ele lhes dará outro conselheiro.” é a segunda promessa. Cristo não deixa só um instante sequer. Essa palavra se cumpre de Pentecostes aos dias de hoje. Cristo habita em nós através do Espírito Santo de Deus, o Conselheiro, o Advogado, aquele que intercede por nós, que nos faz entender o propósito de Deus para as nossas vidas. O Espírito Santo não apenas nos faz ver o nosso erro, ele nos leva ao arrependimento e traz de Deus o perdão. É Ele quem nos lava a fazer Missões.
Mas essa promessa também não vem só. As palavras de Cristo nos versículo 15 e 16 são: “Se vocês me amam, obedecerão ao meu mandamento. E eu pedirei ao pai...” não basta crê, é preciso obedecer, não por obrigação, mas por amor.
Ide, pregai o evangelho, manda o Senhor, e devemos fazer por amor a Cristo. Mas a promessa de Cristo aqui nos mostra mais. O Espírito prometido é um espírito que opera. É Ele quem convence o mundo do pecado, da justiça e do juízo. Nossa missão é pregar, mas é o Espírito quem opera nos corações dos homens e transforma-os. O Espírito prometido é um espírito que age. No dia de Pentecostes aqueles homens, cheio do Espírito, pregaram a palavra com tanto entusiasmo que muitos achavam que eles estavam bêbados. O Espírito prometido é um espírito de verdade, que está conosco para sempre, que nos faz ver a verdade e nos leva para a Missão.
“NÃO OS DEIXAREI ÓRFÃOS, VOLTAREI PRA VOCÊS.” (ver. 18)
Essa é sem dúvida a mais maravilhosa promessa de Cristo. Ele voltará! Nisto está baseada toda a vida da igreja cristã. Tudo o que fazemos ou pensamos tem como base o fato inegável de que Cristo voltará para buscar os seus. Nos dois trechos que nos lemos isso fica claro. No versículo 3 Jesus fala: “E se eu for e lhes prepara lugar, voltarei e os levarei para mim.” E repete no 18: “Não os deixarei órfãos, voltarei para vocês.” Essa é sem duvida uma promessa maravilhosa e, como igreja, ela é o motivo principal de nossa missão. Jesus voltará quando sua palavra for pregada a toda a humanidade.
Nos dias de hoje cumprir essa missão se torna urgente. Temos vislumbrado acontecimentos profetizados por Jesus quando falou do fim dos dias. A volta de Cristo será um acontecimento inesperado, como um ladrão que chega de repente.
Como igreja, temos de estar preparados para esse dia, e temos também que anunciar essa promessa ao mesmo tempo maravilhosa e terrível. Temos de pregar o evangelho do arrependimento para que ninguém se use da desculpa de não saber, para que o sangue daqueles que não crerão não seja cobrado de nossas mãos.
Cristo em breve voltará, e como encontrará você? De braços cruzados? Esperando sentado o seu retorno?
CONCLUSÃO
Concluindo. A Palavra está colocada. As promessas feitas aos discípulos a dois mil anos estão aí; continuam válidas para os nossos dias. Como nós iremos encará-las? Nós podemos acreditar ou não nelas; obedecer ou não os mandamentos; trabalhar ou não enquanto o dono da seara não vem. Mas um único fato é inegável: um dia, todos nós, crentes ou não, estaremos diante do grande trono branco, sendo julgados pelo que fizemos ou deixamos de fazer. Quem será o nosso advogado? O Espírito Santo que consola ou as nossas desculpas que condenam? Quem será o nosso corretor de imóveis? Cristo, que prepara moradas celestes ou o Diabo que quer a todos tragar?
Pensemos nisso nessa noite e que Deus abençoes a todos nós.
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