IGREJA PRESBITERIANA INDEPENDENTE DE PENDÊNCIAS


Friday, February 23, 2007

20 anos da Logomarca da IPI

A logomarca oficial



Por decisão do antigo Supremo Concílio (atualmente Assembléia Geral) da IPI do Brasil, em sua reunião realizada em São Paulo-SP, de 25 a 30 de janeiro de 1987, foi adotada uma nova logomarca para a igreja nacional. O desenho escolhido é fruto de um longo e cuidadoso trabalho para criar um emblema que identificasse a denominação e ao mesmo tempo fosse agradável e de comunicação imediata.
Como símbolos cristãos foram selecionados alguns de grande significado, como

a Bíblia,
a sarça ardente,
a cruz céltica
a pomba,
o peixe e
o portal gótico.



A Bíblia, como a Palavra de Deus, é a base da Igreja;
a sarça ardente representa a vocação, o chamado à missão da Igreja;
a cruz céltica, tradicional símbolo presbiteriano, representando a vitória de Jesus sobre a morte;
a pomba, como que a cair sobre o conjunto, representa a descida do Espírito Santo sobre a Igreja;
o peixe, que se vislumbra do corpo da pomba, outro símbolo muito significativo;
o portal gótico, representando a Igreja, contornando todo o conjunto e a dizer que, criada por Cristo, essa mesma Igreja traz no seu coração todo esse conjunto de símbolos, todas essas dádivas de Deus.

Como solução plástica os símbolos foram trabalhados de forma a produzirem uma composição

harmônica, sendo que as formas sinuosas e graciosas da pomba, da Bíblia e da sarça quebram a rigidez e simetria da cruz e do portal.

Veja abaixo os elementos em destaque:
A Bíblia
A Sarça Ardente
A Cruz Céltica
A Pomba
O Peixe
O Portal Gótico

Em cores, a logomarca traz na cruz:

o azul característico do presbiterianismo, na cruz céltica, evocando a majestade de Deus;
o branco, na pomba e na Bíblia, inspira a pureza do Espírito Santo e da Palavra de Deus;
o vermelho, na chama da sarça ardente, que simboliza o sofrimento de Cristo e Seu sangue derramado;
o verde, no lenho da sarça ardente, que inspira a vida e traz a esperança numa Igreja cada vez mais forte e voltada para sua Missão; e
o amarelo-ouro, no portal gótico, é a cor da realeza, da purificação, da celebração e da vibração de uma Igreja em Missão.

HOMEM X DEUS

O que chamamos de acidente, Deus chama de abominação.

O que chamamos de erro, Deus chama de cegueira.

O que chamamos de defeito, Deus chama de doença.

O que chamamos de acaso, Deus chama de escolha.

O que chamamos de engano, Deus chama de inimizade.

O que chamamos de fascinação, Deus chama de fatalidade.

O que chamamos de enfermidade, Deus chama de iniqüidade.

O que chamamos de luxo, Deus chama de lepra.

O que chamamos de liberdade, Deus chama de anarquia.

O que chamamos de engano, Deus chama de loucura.

O que chamamos de fraqueza, Deus chama de vontade.


Tony Evans, Pastor e Escritor Americano.

Porque o Senhor não vê como vê o homem, pois o homem olha para o que está diante dos olhos, porém o Senhor olha para o coração.
I Samuel 16:7b

Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos os meus caminhos, diz o Senhor.
Porque, assim como o céu é mais alto do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos mais altos do que os vossos pensamentos.
Isaías 55:8-9

O QUE TODO PRESBITERIANO DEVERIA SABER

Todo presbiteriano deve saber que vale a pena ser presbiteriano. Ou seja, que não há inferioridade alguma no fato de ser presbiteriano face às outras denominações evangélicas. Ser presbiteriano é bênção de Deus, tão grande quanto ser metodista, batista, ou pentecostal. Os primeiros evangélicos que chegaram ao Brasil eram calvinistas. Foram eles os primeiros mártires protestantes em solo brasileiro. Os presbiterianos são representantes desse calvinismo e empunham uma bandeira de fé e coragem! Vale a pena ser presbiteriano bem como vale a pena ser presbiteriano independente!
A IPIB foi a primeira denominação evangélica no Brasil que assumiu o desafio de evangelizar nosso país valendo-se de seus próprios recursos humanos e financeiros. A IPIB tem sido protagonista de uma história de fé e coragem! Por isso, é preciso que os presbiterianos se conheçam melhor. O que devem saber os presbiterianos a seu respeito, que os ajudem a ser mais conformes à identidade que têm recebido de Deus?
Todo presbiteriano deveria saber que:
· Ser presbiteriano é crer de todo coração e entendimento no Deus da Bíblia
· Ser presbiteriano é assumir as doutrinas calvinistas originárias da Reforma do século XVI;
· Ser presbiteriano é aceitar e acatar o regime de governo eclesiástico estabelecido pela Reforma escocesa liderada por John Knox no século XVI;
· Ser presbiteriano é submeter-se à Cristo de uma maneira radical, na vida, na fé e na missão de testemunho do Evangelho e transformação das realidades do mundo;
· Ser presbiteriano é interpretar as Escrituras e as realidades que nos cercam de maneira inteligente e lúcida, sempre em submissão ao Espírito Santo;
· Ser presbiteriano é dar sempre graças à Deus pela obra missionária que nos trouxe a fé reformada, inspirando-nos a prosseguir nos mesmos ideais de disseminação da Palavra de Deus no mundo;
· Ser presbiteriano é conhecer bem a própria história e saber motivar-se com ela;
· Ser presbiteriano é ter um profundo engajamento com a Igreja, o corpo de Cristo, amando-a como Cristo a amou e continua a amar;
· Ser presbiteriano é abrir-se para o novo e também valorizar o passado;
· Ser presbiteriano é viver alegremente face à graça de Deus;
· Ser presbiteriano é viver solidariamente face à dor dos pobres e injustiçados;
· Ser presbiteriano é viver responsavelmente face ao comissionamento de Deus.
E todo presbiteriano independente deveria saber que:
· Ser presbiteriano independente é ter um profundo compromisso espiritual com o Brasil, valorizando nossas coisas e nossa cultura, comprometendo-se com o sofrimento de nossa gente;
· Ser presbiteriano independente é sentir-se responsável pelo sustento e manutenção da Igreja e seus ministérios, tanto no âmbito local quanto no denominacional;
· Ser presbiteriano independente é colocar a lealdade à Cristo acima de todas as lealdades;
· Ser presbiteriano independente é valorizar a educação familiar, escolar e eclesiástica;
· Ser presbiteriano independente é participar ativamente da evangelização do Brasil, sem esquecer da importância da evangelização em todas as outras partes do mundo;
· Ser presbiteriano independente é olhar com orgulho o passado;
· Ser presbiteriano independente é olhar com seriedade o presente;
· Ser presbiteriano independente é olhar com esperança o futuro;
· Ser presbiteriano independente é ser equilibrado na fé e na doutrina;
· Ser presbiteriano independente é ser cristão convicto e calvinista esclarecido;
· Ser presbiteriano independente é abrir-se à família da fé (muitos usam a palavra ‘ecumênico’ para expressar essa idéia) e, ao mesmo tempo, valorizar a sua confessionalidade específica;
· Ser presbiteriano independente é valorizar o leigo, a mulher, o jovem, a criança;
· Ser presbiteriano independente é “arvorar o estandarte às gentes”;
· Ser presbiteriano independente é ter coragem, é ousar, é jamais esmorecer, é lutar cada vez mais “Pela Coroa Real do Salvador” !

O Toque Eficaz de Jesus


Marcos 8.22-26

Introdução

É impossível uma mudança; ser atendido e socorrido nos dilemas e problemas diversos da vida, sem o toque de Deus. Hoje, aqui, existem diversas pessoas necessitando do toque de Deus. Mas podem estar buscando-o de forma equivocada.

O toque eficaz de Jesus
MARCOS 8.22-26

Para experimentar o toque de Jesus você precisa...
1. Admitir que você possui problemas (v.22a).Eles foram para Betsaida, e algumas pessoas trouxeram um cego a Jesus...Esse ponto é importante porque se você não admitir seus problemas e encarara-los "de frente", a vida vai passando e você não vai sair desta nunca. Com certeza, você consegue perceber a maioria dos seus problemas mas isto não é o bastante. Constatamos nesta História bíblica que um homem tinha um problema e que ao menos ele consentiu que o levassem até Jesus, para uma possível ajuda. Jesus curou outros cegos, paralíticos e solucionou diversas dificuldades de pessoas nas narrativas bíblicas, mas a maioria destas decidiram tomar uma postura ativa frente aos problemas, foram tomadas por um "inconformismo santo". Quais são os seus problemas nesta noite? Talvez você está aí sentado pensando: "eu não tenho problemas graves"! Você pode estar chegando a esta conclusão pelo ponto de vista humano, mas saiba que; a mentira , maus pensamentos, inveja, fofoca, injustiça e etc, são coisas horríveis para Deus. Se você está se envolvendo com alguma destas coisas, você está sim com um grande problema, pois estas estão separando você de Deus. Somente quando você decidir encará-los "de frente" que o início da solução começará. O ditado popular, nesta questão, é válido: "O pior cego é aquele que não quer ver".Para experimentar o toque de Jesus você precisa...
2. Aproximar-se dEle com fé (v.22b)....suplicando-lhe que tocasse nele... Para que o milagre de Jesus aconteça com você, é necessário crer que Ele possui poder para efetuá-lo. Aquelas pessoas que levaram o cego insistiram com veemência para a intervenção de Jesus na historia dele. Nas narrativas dos evangelhos várias vezes os milagres de Jesus foram precedidos por atitudes marcantes de fé, como por ex. ; o cego, que desesperadamente clamou pela ajuda de Jesus:: "Jesus, Filho de Davi, tem misericórdia de mim". Outro caso é o da mulher hemorrágica que ao avistar Jesus pensou : "Se eu tão-somente tocar em seu manto, ficarei curada". Jesus reforça o papel fundamental da fé para sua atuação quando em alguns momentos perguntou para o necessitado: "O que queres que eu te faça"? Com um objetivo suscitar fé do coração humano, para sua ação poderosa. Mesmo que haja uma certa incerteza no seu coração, peça para Ele ajudar você especificamente nisto, como um homem chamado Jairo, que certa vez declarou: "Jesus me ajude na minha falta de fé". Com certeza, a ação verdadeira de Jesus na sua vida vai começar, definitivamente, quando você se aproximar dEle com fé. Então, aproxime-se dEle com fé e seja tocado nesta oportunidadePara experimentar o toque de Jesus você precisa...
3. Entender que Ele se interessa por você (v.23a)....Ele tomou o cego pela mão e o levou para fora do povoado...A esta altura do ministério de Jesus, Ele já estava tomando precauções para evitar o alarido do povo quanto a sua pessoa, a fim de não ser atrapalhado no cumprimento da sua missão. Isto o levou a afastar aquela manifestação poderosa "das vistas" do povo. Mas existe um princípio muito importante neste ponto; Deus se interessa por você! José foi avisado na ocasião do nascimento de Jesus, em sonho pelo anjo de Deus, que Jesus seria chamado de Emanuel, que significa Deus sempre junto de nós.Jesus é distinto de qualquer outra divindade que os homens criaram, Ele é pessoal e se relaciona individualmente com aqueles que o buscam. Isto é tremendamente confortador e enche a vida de esperança. Seja qual for a sua situação nesta noite, peça ajuda a Ele e entenda que Ele vai agir pessoalmente em você. Não foi assim com a mulher que tinha aquela hemorragia terrível? Mesmo com aquela multidão comprimindo Jesus, Ele sentiu seu toque e se importou com a demonstração da sua fé. Independente deste local cheio de pessoas, com diversas realidades, entenda que ele se interessa exclusivamente por você. Você pode ter chegado ao fundo do poço; a ponto de não querer se abrir com as pessoas ou não ter absolutamente alguém pra te ajudar. Busque a real e eficaz ajuda de Jesus, Ele conhece você pelo nome e sabe o que se passa no seu íntimo. Para experimentar o toque de Jesus você precisa...
4. Descansar na forma dEle fazer as coisas (23,24).Depois de cuspir nos olhos do homem e impor-lhe as mãos, Jesus perguntou: "Você está vendo alguma coisa?" Ele levantou os olhos e disse: "Vejo pessoas; elas parecem árvores andando".Este ponto está diretamente ligado as encenações assistidas no início desta mensagem. Existem vários tipos de pessoas quando tratamos das crenças acerca de Jesus. Por um lado, o que tem trazido muita confusão para as pessoas são os tipos de mensagens que alguns tem feito acerca de dEle. Gente prometendo coisas que Ele não promete. Por outro lado, constatamos que o ser humano possui, entre vários desvios, um enorme desejo de ser servido. Assim, muitos pensam em Jesus para somente satisfazer suas necessidades. Você precisa aprender com o que a Bíblia afirma a respeito dEle; Ele é o Soberano e possui todo o poder sobre as coisas criadas, onde sua vida está incluída. O cego não foi curado no primeiro momento e isto ensina um princípio significativo; Jesus quer fazer algo diferente na sua vida, mais você precisa entender que ele vai realizar da forma dele e no tempo dele. Talvez, neste momento, existam pessoas muito desanimadas porque desistiram de acreditar e descansar no modo de Deus fazer as coisas. Nunca você vai conseguir entender os pensamentos de Deus, eles são mais altos do que os nossos. Se aproxime agora mesmo de Jesus, mas descanse na perfeita forma dEle realizar as coisas. Confie no seu caráter e experimente sua bondade! Seus planos são de paz e visam trazer a você um futuro de esperança.Para experimentar o toque de Jesus você precisa...
5. Esperar, pois a solução virá (v.25)....Mais uma vez, Jesus colocou as mãos sobre os olhos do homem. Então seus olhos foram abertos, e sua vista lhe foi restaurada, e ele via tudo claramente.Este é o único milagre nos evangelhos em que Jesus faz em duas etapas. Mas o que Jesus estava querendo ensinar? Estudiosos dos costumes do povo judaico, daquela época, afirmam que muitos sacerdotes e médicos usavam de práticas semelhantes a estas para aliviar e até oferecer uma relativa melhora aos acometidos da deficiência visual. Sendo assim, Jesus provou que fazendo de modo semelhante aos "curandeiros", da época, o cego obteve uma recuperação parcial. Jesus então, confrontou o cego parecido com esta abordagem: "E então, eu agi parecido aos curandeiros que você conhece e daí?" O homem respondeu: "Estou vendo parcialmente". No segundo momento, Jesus provou que seu toque é superior e sem igual. A única e real oportunidade de solução para sua alma inquieta é receber o toque do todo poderoso Jesus. Ninguém vai poder ajudar você como ele! Somente se Ele tocar em você nesta noite, você irá experimentar seus ajustes e não importa o que você já viveu. Com o seu toque, esteja preparado para viver os melhores dias de sua vida.

Conclusão:Para experimentar o toque de Jesus você precisa...

1. Admitir que possui problemas.
2. Aproximar-se dEle com fé.
3. Entender que ele se interessa por você.
4. Descansar na forma dEle fazer as coisas.
5. Esperar, pois a solução virá.

Escândalo Evangélico


Christianity Today, Abril de 2005, Vol. 49, No. 4, Pág. 70 Trad. Anamim Lopes Silva O

Escândalo Evangélico

Ron Sider diz que o movimento está despedaçado em hipocrisia, e já é hora de uma mudança séria. Ron Sider tem sido, por décadas, uma das vozes mais estridentes da chamada consciência ética do mundo evangélico. No seu livro, publicado em 1977, Rich Christians in an Age of Hunger, traduzido para o português sob o título "Cristãos Ricos em Tempos de Fome" (SIDER, Ronald J. São Leopoldo: Sinodal, 1982. 239p.), ele censura o materialismo dos crentes diante das desesperadoras necessidades globais. Sider, professor de teologia, ministério holístico e políticas públicas no Eastern Baptist Theological Seminary, alçou sua mais nova imprecação: The Scandal of the Evangelical Conscience - O Escândalo da Consciência Evangélica - ainda sem tradução para o português (Baker Books, 2005). Nele, Sider emparelha-se à crítica de Mark Noll ao antiintelectualismo do evangelicalismo americano em The Scandal of the Evangelical Mind (O Escândalo da Mente Evangélica). Sider diz que a crise atual abrange a mente e o coração. Stan Guthrie, editor sênior associado de Christianity Today, entrevistou Sider.

O que mais preocupa o Sr. hoje nos evangélicos? O problema mais crucial é o fracasso escandaloso de não vivermos o que pregamos. A tragédia é que pesquisas após pesquisas dos institutos Gallup e barna mostram que os evangélicos vivem exatamente como o mundo inconstante. Coloque isso em contraste com o que o Novo Testamento diz sobre o que acontece quando as pessoas vêem à fé viva de Cristo. Lá se pressupõe a transformação radical pelo poder do Espírito Santo. Penso que a desconexão entre a nossa fé bíblica e a nossa prática é por demais gritante. Sou evangélico profundamente comprometido. Por toda a minha vida tenho assumido compromisso sério com a fé evangélica e com a renovação da igreja evangélica. E essas estatísticas estilhaçam o meu coração. Fazem-me chorar. E de alguma maneira precisamos enfrentar essa realidade e mudá-la.

O Sr. tem falado freqüentemente sobre os fracassos evangélicos na sociedade, exemplo, "Cristãos Ricos em Tempos de Fome". Esta crítica mais recente abrange não somente temas relacionados com a justiça social mas também com a moralidade pessoal.

Isso foi intencional? Sempre tive preocupação com o conjunto completo dos temas bíblicos. Meu compromisso é ser biblicamente fiel, e não ficar calcando somente num determinado tema. Mas uma boa porção do que tenho escrito trata de temas sociais que chamam os evangélicos para um engajamento, por exemplo, a questão da pobreza daqui e do exterior. Mas você está certo. Este livro fala de um conjunto de coisas que todos nós evangélicos concordamos que são exigências bíblicas. Os cristãos evangélicos e os nascidos-de-novo praticam o divórcio tanto quanto, ou um pouco mais, do que a população em geral! E o Instituto Barna descobriu que 90 por cento dos divórcios ocorrem após esses cristãos nascidos de novo terem aceitado a Cristo. Quanto à promiscuidade sexual, estamos numa situação provavelmente um pouco (n.b.) melhor do que a população em geral. Josh McDowell estimou que talvez nossa juventude evangélica é 10 por cento melhor. Que o Senhor tenha misericórdia de nós! Ao menos é uma diferença mensurável. Bem, é mensurável, embora não haja [dados] tão seguros sobre uma ou outra questão. John Green, um dos maiores pesquisadores evangélicos, disse que aproximadamente um terço dos evangélicos aceitam como normal o sexo pré-marital. E aproximadamente 15 por cento dizem que o adultério é normal. Tome o caso do racismo. Um estudo do Gallup descobriu que quando se faz a pergunta, "você tem objeção a que um vizinho negro se mude para sua vizinhança de porta?", os menos preconceituosos são os católicos e os não-evangélicos. O próximo grupo, em termos de rejeição de preconceitos, pertence ao dos protestantes históricos. Evangélicos e os batistas do sul eram os piores nesse quesito. Alguns estudos revelam que a incidência de abuso físico e sexual em lares teologicamente conservadores é mais ou menos equivalente aos outros quaisquer. Um longo estudo da Igreja Cristã Reformada, membro da NAE (Associação Evangélica Nacional - EUA), descobriu que a incidência de abuso físico e sexual nesta denominação evangélica era mais ou menos equivalente à população em geral. Estudo recente sugere que os homens evangélicos até aqueles que freqüentam regularmente à Igreja são um pouco (n.b.) menos tendentes do que a população geral a cometer a violência doméstica. O materialismo continua sendo um escândalo inacreditável. Hoje, o membro de igreja histórica [de qualquer denominação] contribui à Igreja em média com aproximadamente 2,6 por cento de sua renda - um/quarto do dízimo. Os evangélicos se saíram um pouco melhor [em contribuir] do que as principais denominações. Mas seu donativo tem declinado a cada ano por diversas décadas, e estão conseguindo chegar perto da norma geral. A contribuição média do evangélico é aproximadamente 4,2 por cento - algo próximo de dois quintos do dizimo. Seis por cento dos "nascidos de novo" dizimam; assim como nove por cento dos evangélicos. Nossa renda esteve além do que chamaríamos de fabuloso nos últimos 30 anos. A renda média das famílias agora nos EUA é de mais de 42 mil dólares. Mas se o cristão americano médio dizimasse teríamos nos cofres da Igreja a mais 143 bilhões de dólares. Numa época em que as pessoas que sustentam valores tradicionais parecem reassumir posição central na política, seu livro diz que nem tudo está bem com nossas escolhas diárias na esfera privada.

De fato, o sr está acusando os evangélicos de hipocrisia. Essa conclusão é justa? Não tenho prazer em fazer isso. Faço-o com lágrimas nos olhos. Temos que enfrentar a realidade. Isso que estamos presenciando é algo inacreditavelmente trágico e, sim, hipócrita. Evidencia-se que justamente quando os evangélicos têm maior poder político para repor os valores morais nesta sociedade, maior do que antes tiveram por um longo tempo, a estatística pura em sua própria amostra viva demonstra que se não vive o que se fala. Decerto temo em dizer. Isso é hipocrisia. Assim temos que colocar em ordem a nossa própria casa antes de impor integridade ou qualquer eficácia no sentido de ajudar a sociedade em geral recuperar a saúde de 'famílias atípicas' de dois pais ou de duas mães.

Não houve sempre uma época em que a igreja típica vivesse fora da fé muito mais do que agora? Alguns podem argumentar que é justamente a natureza de uma igreja pecaminosa que precede a Segunda Vinda. Não temos estatísticas relativas aos anos de 1860 ou de 1700, assim é difícil responder essa pergunta com precisão. Mas quando olhamos para a historia da igreja, vemos que tem havido fluxos e refluxos, às vezes a igreja era especialmente infiel e cheia de desobediência e de hipocrisia. Em outras épocas houve uma renovação poderosa, e grandes grupos de cristãos eram maravilhosamente transformados. Consta que durante o reavivamento do País de Gales as prisões ficaram praticamente vazias e não muitas pessoas procuravam os pubs porque havia se dado uma transformação radical num grande número de pessoas.

A que fase da história o Sr. compararia o nosso próprio tempo? Se a questão for de obediência evangélica, então certamente não estamos vivendo tempos de reavivamento. Como podemos dar a guinada de 180º no navio? Precisamos repensar nossa teologia. Precisamos questionar, "Estamos sendo realmente bíblicos?" Na 'graça barata' reside exatamente o "x" da questão. A 'graça barata' ocorre quando reduzimos o Evangelho a mero perdão de pecados; quando relegamos a salvação à condição de mero seguro pessoal contra o fogo do inferno; quando compreendemos mal as pessoas como se fossem essencialmente almas; quando, na melhor das hipóteses, apreendemos somente metade do que a Bíblia diz sobre pecado; quando abraçamos o individualismo, o materialismo e o relativismo de nossa cultura atual. Deixamos muito a desejar em termos de entendimento e prática bíblicos enquanto igreja. Eu gostaria de pensar que os evangélicos querem conseguir ser bíblicos e definir o Evangelho à maneira como Jesus o definiu -- que é que é boa notícia do reino. Então vemos que isso significa que a maneira de começar neste reino é com a graça incondicional por meio da qual Jesus morreu por nós. Mas significa também que há agora uma comunidade nova do reino dos discípulos de Jesus, e esse aceitar Jesus significa não apenas conseguir o seguro de vida contra incêndio de tal modo que não se vai mais para o inferno, mas significa aceitar Jesus tanto como Senhor como Salvador. E isso significa o inicio de uma vida como parte de sua nova comunidade aonde tudo está sendo transformado.

O Sr. está colocando pelo menos boa parte da culpa no individualismo americano? Não há nenhuma questão que seja tão central quando essa. Tendemos a reduzir a salvação a somente o perdão dos pecados. No Novo Testamento, a salvação significa isso, graças a Deus, mas também significa nova vida transformada que é possível através do poder do Espírito. Significa a nova existência comunal da corporação de crentes. Um dos meus exemplos favoritos é a história de Zaqueu. Ele é alguém envolvido no pecado social como iníquo coletor de imposto. Quando vem a Jesus, dá a metade de seus bens e resgata tudo o que foi feito errado. Jesus diz no fim da história, "hoje veio salvação a esta casa." Não há uma palavra no texto sobre o perdão de pecados. Ora, tenho certeza que Jesus perdoou os pecados daquele canalha; claramente ele precisava disso. Mas o que o texto fala é sobre novos relacionamentos econômicos transformados que ocorrem quando Zaqueu vem a Jesus. A salvação é muito mais do que apenas um novo relacionamento correto com Deus a partir do perdão de pecados. É um novo estilo de vida transformado que você pode ver a olho nu na corporação de crentes. Obviamente ser discípulo significa que há uma disciplina.

O Sr. vê a negligência da disciplina da igreja em nossos dias como um fator nesta crise moral? É parte da questão maior de recuperar a compreensão do Novo testamento pela Igreja. A cultura atual é radicalmente individualista e relativista. Qualquer sentimento correto meu, é correto para mim; qualquer sentimento correto seu é correto para você. Eis o valor dominante. Considera-se afrontoso que alguém diga que outrem seja errado. Mas a fé histórica bíblica entendia a igreja como uma comunidade nova. As imagens básicas da igreja do Novo Testamento são a do corpo de Cristo, do povo de Deus, e da família de Deus. Isso tudo enfatiza a realidade de que estamos falando acerca de uma comunidade nova -- uma ordem social nova, visível. Essa comunidade nova no Novo Testamento vivia tão diferentemente do mundo que as pessoas poderiam dizer, "uau, o que está acontecendo aqui?" Os judeus aceitavam gentios. Os ricos aceitavam os pobres e compartilhavam com eles. Os homens aceitavam as mulheres como iguais. E os povos ficavam realmente atônitos de tanto que a igreja era diferente do mundo. Era contracultural. Além disso, [a Igreja do Novo Testamento] compreendia que ser membro do Corpo de Cristo significava que você era um com o outro, e outro com um, accountable, isto é, responsável por prestar contas. Se alguém sofresse, todos vocês sofreriam. Se alguém se alegrasse, todos vocês se alegrariam. No Novo Testamento havia o comovente compartilhar econômico, e havia a disciplina da igreja. Jesus falou explicitamente sobre a disciplina da igreja em Mateus 18. Paulo claramente tinha suas igrejas como vivas vista do lado de fora. Todas as grandes tradições do núcleo do evangelicalismo americano, seja a tradição reformada, a tradição metodista-wesleiana, ou a tradição anabatista, aceitavam coerentemente a disciplina eclesiástica quando eram fortes e prósperas. Mas muito poucas igrejas evangélicas nos dias de hoje têm apropriado totalmente de forma séria e prática a disciplina eclesiástica. Não tem sido assim, ao menos em parte, por que se abusou da disciplina eclesiástica ou ela tenha se tornado legalista e malévola? Claro que em parte é por causa disso sim. Mas não podemos desistir do casamento porque muitas pessoas o bagunçaram tão terrivelmente. E não devemos desistir da disciplina eclesiástica apenas por que tão freqüentemente a aplicamos de maneira legalista Temos que recuperar a compreensão do Novo Testamento. John Wesley pô-la maravilhosamente quando disse que disciplina eclesiástica é um prestando atenção ao outro com amor. Hoje, enquanto tantas igrejas têm abandonando a verdade bíblica, o sr disse em seu livro que todas as congregações precisam estar conectadas a uma denominação.

O Sr. tem falado sério? Claro que sim! É simplesmente errado uma igreja local não ter responsabilidade alguma perante o seu dever de prestar contas accountability) a um corpo maior. Agora, não estou dizendo que tem que ser uma das denominações atuais. Pode haver novas estruturas de accountability. Quaisquer igrejas locais que se sentirem que devem quebrar laços com quaisquer dessas denominações mais velhas que não sejam mais fiéis teologicamente ou em termos de prática moral devem tentar fazer parte de alguma nova estrutura denominacional ou organizacional para assim não serem do tipo combatentes solitários. Precisam ter uma estrutura maior de responsabilização. É categoricamente anti-bíblica e herética uma congregação individual dizer, "teremos somente sobre nós e não prestaremos contas a ninguém". O que é correto à igreja fazer? Vejo o movimento de pequenos-grupos como um sinal promissor. Uma das formas mais importantes de desenvolvermos a responsabilização (accountability) mútua na igreja local é através de pequenos grupos. É praticamente impossível seguir a Jesus em [matéria de] sexo e casamento ou em dinheiro e em ajudar aos pobres cada um por. Você precisa de sustentação forte de outros irmãos e irmãs. Quando toda a igreja local vai nessa direção, precisamos que pequenos grupos se incumbam dos detalhes e falem sobre esses esforços e passem a sustenta-los por meio de encorajamento e oração. Eu espero que cada pessoa em todas nossas igrejas com mais de 50 membros existam em pequenos grupos.

Que outras coisas os evangélicos estão fazendo bem contemporaneamente? Nos últimos 30 anos, fizemos progresso significativo em compreender que a missão da igreja é fazer evangelismo e ministério social. Está crescendo também a compreensão de que não podemos ter uma agenda de um tópico apenas enquanto nos vermos envolvidos na vida pública. A recente declaração da NAE - Associação Nacional dos Evangélicos, "For the Health of the Nation: An Evangelical Call to Civic Responsibility ("Pela Saúde da Nação: Uma Chamada à Responsabilidade Cívica Evangélica" rejeita explicitamente a política de um único tema e diz que o fiel engajamento político evangélico será baseado em uma agenda biblicamente equilibrada. Isso significa, sim, para todos efeitos, um interesse com a santidade da vida humana e com a renovação da família. Mas significa também um interesse pela justiça para com os pobres. Significa o interesse para com o cuidado com a criação, pelos direitos humanos, e pela pacificação. Simplesmente não podemos permitir que a política de direita ou de esquerda faça por nós a nossa agenda política.

Em que outras áreas o Sr. tem pessoalmente trabalhado? Há anos que tenho precisado dar continuidade ao trabalhar de garantir que a minha vida espiritual pessoal seja contínua em termos de hora para orar e ter as minhas devocionais regulares. O que continua sendo um desafio permanente. Realmente, tenho desejado ferventemente que cada canto de minha vida seja submetidos a Jesus Cristo e à verdade bíblica. Viver sem se importar com questões financeiras continua sendo um desafio para mim. Nada é fácil. Mas, se decidirmos e pedimos ao Espírito para nos transformar, penso, coisas maravilhosas podem acontecer. O Sr. está esperançoso quanto ao resultado da discussão das questões sobre as quais o Sr. escreveu? Ou está preparado para a frustração? Pessoalmente, por natureza, sou bem otimista. Esse fato pode não estar completamente claro neste livro, mas penso que é fato. Estou verdadeiramente entusiasmado em virtude da renovação do mundo evangélico, ocorrida nos últimos 50 anos. Tem sido tremendo o movimento de mudança e o crescimento desde que Carl Henry escreveu The Uneasy Conscience of Modern Fundamentalism (A Irrequieta Consciência do Fundamentalismo Moderno). Houve um crescimento incrível de institutos bíblicos e seminários evangélicos e seminários, da erudição evangélica, de igrejas evangélicas. Apontei a direção para onde crescemos. Penso que avançamos em compreender a missão da igreja como sendo evangelismo e ministério social. Certamente crescemos em termos de número de agências evangélicas que trabalham com os pobres. Há cinqüenta anos atrás a Visão Mundial era um coro de crianças órfãs coreanas. Hoje é uma agência enorme, e há dezenas de outras agências evangélicas de auxilio e desenvolvimento que trabalham com milhões de dólares. Às vezes me sinto desanimado, outras vezes eu penso, "eia, as próximas décadas podem ser simplesmente fabulosas. Mas, estou certo também de que não estaremos nem perto da promessa e do cumprimento do que é possível a menos que enfrentarmos frente a frente a maneira escandaloso que estamos atualmente vivendo. Não vivendo o que pregamos.

O movimento evangélico está marchando para o fim se não fizermos nada quanto a estes problemas? O Senhor não aceita de jeito nenhum a hipocrisia e a desobediência. Ele pune, e há um tipo inevitável de declínio que começa quanto você é hipócrita e não pratica o que prega. Não acontecerá imediatamente; nossas instituições são fortes. Mas dentro de um período de tempo certamente representará o declínio maior. Eu acho incrivelmente irônico que nos recentes últimos meses esteja sendo exaltada a importância da vida política que esteja promovendo os valores morais e famílias saudáveis. E de repente você tem estes dados surpreendentes de que os evangélicos vivem da mesma maneira que o mundo em termos de divórcio. É inacreditavelmente irônico que um dos assuntos - com o qual eu vigorosamente concordo - diz respeito a como a vida pública afeta o casamento. Sou a favor da correção no casamento. Mas precisamente num ponto em que é focalizado por nossa retórica política como evangélicos, temos que enfrentar o fato de que não somos diferentes do mundo. E que é a prosaica hipocrisia, incrível, que enfraquece nossa mensagem à sociedade em geral de forma terrível.